Um novato em Atletibas terá a missão de amenizar as polêmicas em torno da arbitragem no Campeonato Paranaense, turbinadas após as queixas do Atlético em relação à atuação de Evandro Rogério Roman no clássico da semana passada. Adriano Milczvski, 36 anos, foi sorteado ontem e irá apitar a finalíssima do Estadual, domingo, às 16 horas, no Couto Pereira. Ele venceu a "concorrência" de Héber Roberto Lopes, Edivaldo Elias da Silva e Antonio Denival de Morais. Completam o trio para o clássico Roberto Braatz (Fifa) e Bruno Boschilla.
A "primeira vez" de Milczvski ocorre em meio a constantes reclamações relacionadas ao apito, principalmente do lado atleticano. O Rubro-Negro solicitou árbitros de fora do estado para a decisão, mas o pedido não foi atendido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF).
O árbitro da final, que apitou sete partidas no Paranaense deste ano, tentou ser jogador de futebol na infância. Chegou a procurar o Coritiba, mas não dão certo. No entanto, a maior polêmica em torno do corretor de seguros, uma aposta da comissão local, envolve o Rubro-Negro.
Em 2010 foi divulgada uma foto na internet em que Milczvski aparece assistindo a um jogo do Atlético na Arena, no meio da torcida. Na época, ele justificou a cena dizendo que ir ao estádio fazia parte de sua atividade profissional, já que precisava acompanhar de perto a atuação de outros juízes. A divulgação, porém, causou a ira dos coxas-brancas.
"Já apitei muitos Atletibas, sei como funciona a sistemática. Encaramos com naturalidade essas reclamações, seja para um lado ou outro", comentou o presidente da comissão de arbitragem do estado, Afonso Vitor de Oliveira. "Ele [Adriano Milczvski] já foi indicado antes [para Atletibas], mas não tinha sido sorteado ainda. A arbitragem do último jogo sempre acaba marcando mais, por isso torcemos para que ele aplique as regras, não seja condescendente com a indisciplina e que passe despercebido", emendou.
No primeiro Atletiba da decisão, domingo passado, a reclamação é que Roman não teria marcados dois pênaltis um para cada lado. O apitador também optou por não dar cartões. "Ele deixou de aplicar alguns [cartões] mas usou um critério só. Não pendeu para um lado ou outro. Considero o desempenho satisfatório", avaliou Oliveira.
A reportagem tentou conversar com Milczvski, mas ele não atendeu as ligações.