O principal desafio de Ney Franco nesse Brasileiro não está no estádio coxa-branca. Desde que retornou à Série A em 2011, a equipe tem tido muitas dificuldades como visitante, com um aproveitamento próximo de 20%. Algo que o treinador tentará reverter nessa segunda passagem, a partir de domingo (21), contra o Atlético, na Arena da Baixada.
“Tem de desenvolver o projeto para ganhar fora de casa e nós conseguimos isso muito bem no Vitória em 2013. Uma equipe que jogava dentro e fora de casa para cima”, lembra Ney Franco. “A equipe se ajustou naquele momento e deu certo. Os números de resultados obtidos fora de casa foram grandes e esperamos conseguir isso agora”, acrescentou.
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A referência do treinador tem a ver com o aproveitamento de 50% com o time baiano fora do Barradão. Em dez partidas, o Vitória venceu quatro jogos, empatou três e perdeu três. Resultados fundamentais para o time pular da 16.ª colocação para o quinto lugar, chegando a brigar por uma vaga na Libertadores.
Este foi um dos melhores desempenhos como visitante no Brasileiro de Ney Franco nos últimos anos. No mesmo Vitória no ano passado, por exemplo, o rebaixamento ocorreu com 25,6% conquistados fora de casa, com três vitórias em 13 jogos. No Flamengo, na mesma temporada, um empate e duas derrotas em três jogos (11,1%). Em 2013, no São Paulo, também três partidas, com uma vitória e dois empates (55,5%). No tricolor paulista em 2012, foram 15 jogos e só quatro vitórias (35,5%).
“Depois que eu saí do Coritiba fui campeão mundial e sul-americano pela seleção sub-20. Na sequência, na minha interpretação, fiz um trabalho bom com o São Paulo, com uma arrancada no Brasileiro e título na Sul-Americana”, analisou.
“Em 2013 peguei o Vitória para não cair, estava em uma situação muito ruim, mais ou menos na situação que nos encontramos agora, e quase chegamos na Libertadores”, relembra. “Já em 2014 foi o meu pior ano como profissional. Comecei o ano no Vitória, não deu certo, fui para o Flamengo, não deu certo, retornei ao Vitória, não deu certo. Eu tenho essa noção e até por isso optei para no início de 2015 não pegar ninguém. Precisava dar uma reciclada, uma descansada”, admite, acrescentando que até esses resultados ruins serviram como amadurecimento para a sua carreira.
Voltando ao assunto dos problemas do Coxa como visitante, Ney Franco já viveu os dois lados no próprio Alviverde. Em 2009, com apenas uma vitória em 10 jogos longe do Couto Pereira e um aproveitamento de 20%, não evitou o rebaixamento. No ano seguinte, na Série B, venceu oito dos 19 jogos e conquistou o título do campeonato com 50,8% dos pontos fora de casa.
“Eu acho que você tem de ter um padrão na sua equipe para jogar da mesma forma em casa e fora. Agora a característica da equipe fica dependendo das peças que você tem”, argumentou.
“Algumas equipes dão condição de jogar em cima do adversário o tempo todo, marcar pressão, e em outras você tem que agir o contrário. Um time para jogar mais no contra-ataque, o que em alguns momentos é confundido com jogar defensivamente. Tem de achar esse equilíbrio entre os dois e depois botar em pratica nos jogos em casa e fora”, acrescentou o técnico, consciente que a característica do adversário pode mudar o posicionamento da equipe também.
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