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Péricles Chamusca chega pare recuperar a auto-estima do Coritiba no Campeonato Brasileiro | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Péricles Chamusca chega pare recuperar a auto-estima do Coritiba no Campeonato Brasileiro| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

O anúncio do novo técnico do Coritiba, Péricles Chamusca, que completou no último domingo (29) 48 anos, gerou protestos de alguns torcedores coxas-brancas nas redes sociais por causa da ausência de resultados do treinador nas equipes que comandou nos últimos anos.

Desde a conquista da Copa do Brasil pelo Santo André em 2004, quando despontou como grande revelação entre os treinadores do país, Chamusca, que será apresentado ao elenco no treino da tarde desta segunda-feira, no CT da Graciosa, não emplacou mais nenhuma grande campanha.

Apesar do mau retrospecto, a Gazeta do Povo elenca cinco fatores que podem ser favoráveis ao treinador no comando do Coxa na luta pela recuperação. Confira:

1 - Recuperação na carreiraApós passagens fracas por Sport, Avaí, Cruzeiro, futebol do Catar e Portuguesa - sendo inclusive demitido deste último depois de uma goleada sofrida para o Comercial pela Segunda Divisão do Paulista, Chamusca tem a chance de recuperar na carreira no Coritiba.

Após a conquista da Copa do Brasil em 2004 pelo Santo André, sendo considerado um dos destaques da nova geração de treinadores, o melhor momento de Chamusca ocorreu no futebol japonês, quando tirou o modesto Oita Trinita da zona de rebaixamento e o levou à quarta colocação geral na J.League de 2005. O time ainda conquistou a Copa Nabisco, a segunda competição mais importante do país.

2 - Destaque em equipes fracasChamusca já comprovou que não é necessário ter um elenco muito qualificado para conseguir fazer boas campanhas. O bom histórico do treinador com times fracos pode ajudar o Coritiba a se salvar da degola. No currículo, ele levou o modesto Brasiliense à final da Copa do Brasil de 2002, contra o Corinthians, e o Santo André ao título da mesma competição diante do Flamengo em pleno Maracanã, em 2004 – na semifinal dessa Copa do Brasil, o time do ABC paulista teve uma recuperação incrível em um empate em 4 a 4 com o Palmeiras.

3 - Experiência com a baseSemifinalista da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1993, com o time sub-20, Chamusca contribuiu na formação da equipe base do Vitória vice-campeão brasileiro do mesmo ano. Alguns dos jogadores revelados por Chamusca, inclusive, alcançaram destaque nacional e internacional, como o goleiro Dida e o volante Vampeta - campeões mundiais pela seleção em 2002 -, além do meia Paulo Isidoro e do atacante Alex Alves. A experiência pode contar para o Coritiba, que pretende revelar talentos e que neste mês puxou da base para o profissional o lateral Abner e os atacante Jânio e Maikon.

4 - SalárioO salário bem abaixo do que o pedido pelos três técnicos consultados pelo Coritiba anteriormente se enquadra no discurso do presidente Vilson Ribeiro de Andrade de o clube não cometer nenhuma irresponsabilidade financeira. Chamusca chega ao Alto da Glória recebendo menos do que R$ 100 mil - Caio Jr, Celso Roth e Adilson Baptista pediram entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.

Outra vantagem que alivia os cofres alviverdes é o fato de o treinador não trazer sua própria comissão técnica e ter um contrato de apenas três meses, o que evita que o clube pague uma multa milionária caso o trabalho não seja bem sucedido.

5 - Cultura táticaA experiência internacional do técnico - Japão e Catar - fez com que Chamusca tivesse uma visão tática diferente da tradicional no Brasil. Para o treinador, é necessário marcar a linha de passe, pressionando no ataque, trabalhar com uma defesa alta e o time mais agrupado entre os setores, com os meias fechando os espaços. Se conseguir encaixar um bom esquema no Coritiba, Chamusca pode reduzir a dependência do time em relação ao meia Alex.

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