Desde a implantação dos pontos corridos na Série A do Brasileiro, em 2003, nunca o Coritiba teve uma campanha tão ruim dentro do Couto Pereira. Problema extra para um time desesperado para deixar a zona de rebaixamento e que, depois de cinco derrotas seguidas, passa a ter de lidar também com o ambiente hostil fora de campo que a má fase ocasiona. No domingo (25), após a derrota para o São Paulo (2 a 1), um grupo de torcedores tentou chegar ao vestiário para pressionar os jogadores.
Cobrança truculenta que espalhou muito medo entre os atletas. Em meio ao tumulto de gritaria e pontapés em uma porta de ferro, o meia coxa-branca Thiago Galhardo acabou se escondendo no vestiário do São Paulo.
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“Eles [torcedores] conseguiram bater na última porta que dá no vestiário. Logicamente que a confusão foi muito forte, muito grito, e os jogadores se assustaram. Eu me assustei também”, admitiu o técnico Ney Franco.
Dentro de campo, o que assusta é o desempenho alviverde dentro do Alto da Glória – o que sempre foi um trunfo para o time. Neste ano, foram cinco vitórias, seis empates e cinco derrotas em seu território, o que representa um aproveitamento de 43,75% dos pontos. Até então, o pior rendimento do anfitrião no reduto coxa-branca, na elite do Nacional, tinha sido em 2005, quando o Coxa conquistou apenas 52,4% dos pontos disputados. Naquele ano, não escapou da queda.
TABELA: Veja a classificação da Série A
São números bem distantes dos obtidos em 2011, o Brasileiro mais fértil em pontos para o clube no Couto Pereira. A equipe somou 75,4% dos pontos em casa e brigou até a última rodada por uma vaga na Libertadores. Logo depois vem o desempenho de 2003 (68,1%) e 2008 (63,2%).
Faltando seis jogos, sendo três em casa, o Alviverde vai precisar ser perfeito para permanecer na Série A em 2016.
Em meio à tensão da luta contra o descenso, o clube optou pelo silêncio nessa segunda-feira (26). Procurado, o diretor de futebol Valdir Barbosa afirmou que não podia dar nenhuma declaração sobre o departamento de futebol, incluindo sobre a permanência do técnico Ney Franco, até que conversasse com o presidente Rogério Bacellar, e que nenhuma outra pessoa estava autorizada a falar em nome do clube.
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