No jogo de xadrez da final do Paranaense , o Coritiba está em xeque. Nas primeiras jogadas da partida que define o campeão estadual de 2016, o Atlético, de Paulo Autuori, foi superior, movimentou suas peças de modo a acuar o adversário. Ao Alviverde, resta examinar minuciosamente suas próximas e derradeiras investidas. Qualquer peça mal utilizada pode custar a derrota definitiva.
“O xeque-mate ainda não aconteceu. Não vamos desistir”, brada o técnico Gilson Kleina, que após a derrota por 3 a 0 na Arena da Baixada, tenta encontrar uma forma de manter viva a esperança de título do Coxa. “Também é questão de honra, de entramos em campo, mostrarmos o nosso valor e fazermos com que o torcedor nos enxergue novamente como vínhamos fazendo”, enfatiza.
Kleina admitiu que Autuori se deu bem na batalha mental – e tática – travada em território vermelho e preto. Agora, diz, é a hora de revidar. “A estratégia do Paulo deu certo. Vamos trabalhar para neutralizá-los e para que a nossa aposta também prevaleça no Couto Pereira”, avalia.
O técnico até admite que não é um exímio jogador de xadrez, mas destaca que assim como no jogo de tabuleiro é fundamental ter paciência para tirar sua equipe do sufoco. Um movimento de cada vez. Assim, exige equilíbrio emocional do elenco e atitude em campo para buscar os três gols necessários. Sem ansiedade.
“Quem sabe não será um dia histórico para a vida do Coritiba?”, questiona o comandante, que ainda torce em ter todas as peças importantes na mesa no Alto da Glória. O lateral-direito Ceará e o zagueiro Luccas Claro treinaram com bola e estão cotados para reforçar o time; já o meia Juan, trunfo mais perigoso do tabuleiro alviverde, ainda depende de evolução clínica e física.
Caso não consiga sair da armadilha rubro-negra e o xeque-mate se concretize nos lances finais do Atletiba, Kleina só espera que se reconheçam as virtudes mostradas pela equipe neste Paranaense. “A análise deve ser feita no crescimento. Ninguém faz 43 gols à toa, sete jogos sem tomar gols. Ninguém cria tanto,resgata talento e confiança de jogadores à toa. É trabalho”, destaca.
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