Ney Franco é amigo pessoal de Marcelo Oliveira, indicado por ele para comandar o Coxa em 2010| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Contratado pelo Coritiba em dezembro de 2010, o mineiro Marcelo Oliveira, hoje com 60 anos, admite que alavancou sua carreira ao levar o clube a dois inéditos vice-campeonatos da Copa do Brasil, em 2011 e 2012.

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A trajetória que mudou a vida do treinador jamais aconteceria não fosse uma indicação do seu adversário nesta quarta-feira (12), às 19h30, no duelo entre Coxa e Palmeiras, no Couto Pereira. Ney Franco, que na época trocou o Coxa pela seleção brasileira sub-20, convenceu a diretoria que seu conterrâneo e habitual adversário nas categorias de base em Minas Gerais tinha o perfil certo o cargo.

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“Era um treinador com estilo de trabalho muito parecido com o meu, com perfil parecido e com o jeito de relacionar muito próximo”, conta Ney, de 49 anos, uma década mais jovem do que seu sucessor no Alto da Glória. “Era um profissional que tinha todas as condições de desenvolver um bom trabalho, tanto que ele obteve muito êxito em sua passagem, evoluindo com aquilo que havíamos feito um ano antes”, prossegue.

Cinco anos depois, os amigos se reencontram em momentos opostos como profissionais. Enquanto Marcelo foi bicampeão nacional pelo Cruzeiro e agora tenta o tri à frente do badalado Palmeiras, Ney amarga uma sequência de trabalhos ruins comandando Flamengo e Vitória. De volta ao Coxa, acumula apenas 27% de aproveitamento 11 jogos, além da incômoda lanterna do campeonato.

Coincidentemente, brigar contra o rebaixamento foi o script alviverde desde a demissão de Oliveira. “Isso não está especificamente ligado à minha saída, embora eu tenha feito um bom trabalho. É mais no sentido de organização, das coisas funcionarem bem fora de campo”, diz o técnico que antes de sofrer duas derrotas seguidas tinha sete partidas de invencibilidade.

“Fazer uma avaliação do Coritiba é muito difícil. Em alguns momentos vi o time perder jogando bem. Cada jogo tem sua história, não podemos nos apegar muito à tabela. Assim como eles precisam vencer para arrancar, nós necessitamos voltar ao G4”, enfatiza Oliveira.

Se na base o duelo era sempre equilibrado, Ney Franco espera usar todo o conhecimento sobre o conterrâneo para vencer e esboçar uma reação no Alto da Glória. “Estou muito confiante. Temos trabalhado muito, sabendo da importância dessa partida em nossa sequência”, fala o treinador, em busca de seu melhor momento.

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