Rubinho recebe o abraço dos companheiros após marcar o terceiro e decisivo gol paranista contra o Coritiba. Desde o jogo do tetra (96), tricolores não festejavam contra o rival no Alto da Glória| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Personagem

Rubinho ‘desobedeceu’ técnico no lance decisivo

Dois minutos foram suficientes para que Rubinho justificasse a entrada no clássico. Aos 30 do segundo tempo, o técnico Toninho Cecílio lançou mão dele e, na primeira oportunidade que teve, não desperdiçou e marcou o terceiro do Paraná. Gol que fechou o 3 a 2 a favor do Tricolor.

"Tive duas lesões complicadas em sequência, estou recuperado e tenho trabalhado muito. E hoje [ontem] tive a felicidade de quebrar esse tabu [17 anos do Tricolor sem vencer no Couto] com o gol que fiz", disse o jogador de 24 anos, que fez apenas a sexta partida na temporada e o primeiro gol com a camisa tricolor.

O meia, aliás, fez mais que o treinador pediu. "O Toninho pediu para eu entrar e ficar com a bola no meio, mas foi acabei fazendo o gol", completou Rubinho, contratado este ano do Luverdense-MT.

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Coritiba e Paraná protagonizaram ontem uma partida eletrizante no Couto Pereira, com direito a cinco gols, reação, expulsão, golaço... E quem se deu melhor foi o Tricolor. Os paranistas bateram o rival por 3 a 2 e quebraram uma série de tabus que o Alviverde mantinha no Paranaense e no Alto da Glória.

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Entre as marcas batidas, o time da Vila Capanema deixou no passado os 24 jogos sem vencer o rival no Couto Pereira – desde 1996, o Paraná não sabia o que era bater o rival no estádio. Na ocasião, o hoje treinador do Avaí, Ricardinho, marcou (0 x 1) para garantir o tetra estadual aos visitantes.

De quebra, acabou com uma série de 23 jogos de invencibilidade dos coritibanos no Estadual e com a sequência de 47 partidas sem ser derrotado nos seus domínios – a última queda havia sido em 19 de abril de 2009, para o Iraty, por 2 a 1.

Passados os tabus, o resultado acabou colocando os ânimos em sentidos totalmente opostos, apesar de estarem juntos na tabela de classificação, inclusive com o Operário, na quarta colocação, com 8 pontos – o time de Ponta Grossa é melhor no saldo de gols, com o Alviverde e Tricolor aparecendo na sequência.

No entanto, a vitória paranista deu motivação para brigar pelo segundo turno, enquanto a derrota coxabranca praticamente ceifou o estímulo de buscar o título paranaense sem a necessidade de final – além de colocar o Londrina à frente na classificação geral, critério para definir o mandante de uma possível segunda partida decisiva.

"Era um jogo de vida ou morte para nós. Temos seis partidas ainda pela frente e temos condições de brigar para ser campeão do turno", apontou o zagueiro tricolor, Alex Bruno. "Além dos três pontos, a vitória gera uma confiança importante que o grupo estava precisando", acrescentou o técnico Toninho Cecílio.

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Esse cenário só foi possível porque o Paraná mandou no primeiro tempo da partida. Um gol logo aos 3 minutos, de Reinaldo, desestabilizou o Coritiba, que não se achou em campo. Com outro de JJ Morales (o argentino susbtituiu Reinaldo, com dores na coxa), aos 30 minutos, parecia que o jogo havia acabado.

Na volta do intervalo, só deu Coxa e Alex. O meia marcou dois gols de cabeça, aos 10 e aos 21 minutos. Tentos que, por um momento, deram a impressão de que o Tricolor cederia a virada. Entretanto, o zagueiro coxa-branca Pereira deu aquela ajudinha ao rival ao dar um carrinho em Ângelo e ser expulso aos 22 minutos da etapa final.

Com um a mais em campo, o time da Vila Capanema deu ponto final aos 32, quando Willian saiu errado e entregou a bola no pé de Rubinho, que não perdou e mandou uma bomba de fora da área.

"Nunca erramos tanto como hoje [ontem] e pagamos o preço por isso. O campeonato não acabou, mas ficou bem mais difícil", resumiu o sentimento coxa-branca o volante Gil, que novamente jogou na lateral direita.

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