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Robert Wilson Jukoviski foi identificado pela polícia como quem lançou uma bomba no último Atletiba | Reprodução da câmera do Couto Pereira
Robert Wilson Jukoviski foi identificado pela polícia como quem lançou uma bomba no último Atletiba| Foto: Reprodução da câmera do Couto Pereira

Após identificar e indiciar o torcedor do Atlético que atirou uma bomba na arquibancada do Couto Pereira no Atletiba do último dia 4, a Polícia Civil vai pedir aos clubes para que reforcem a revista da torcida antes das partidas. Robert Wilson Jukoviski, 20 anos, prestou depoimento na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) nesta quarta-feira (15). Como não foi preso em flagrante, ele foi liberado logo na sequência e responderá pelos crimes de atirar explosivo e de tumulto em estádio em liberdade.

Veja o torcedor do Atlético flagrado atirando a bomba no Atletiba

O delegado-titular da Demafe, Clóvis Galvão, afirmou que a entrada dos torcedores nos estádios deve ser feita de maneira mais rígida. "Fica claro que é um caso de revista pessoal mal-feita pelas equipes de segurança privada contratadas pelos clubes. Não é possível que não se pegue um artefato desses na hora da entrada para o jogo", aponta.

Ainda segundo Galvão, a equipe da delegacia deve entrar em contato com o Coritiba, que era o responsável pela segurança da partida, para investigar e, quem sabe, até responsabilizar a empresa contratada.

"O réu confessou o crime. Disse que estava com os artefatos antes da partida, do lado de fora do estádio e acabou esquecendo de se livrar deles. Ele agiu por impulso ao atirar o explosivo no meio da confusão, disse que foi sem pensar", informa Galvão. As imagens da câmera de segurança do Couto Pereira mostram o exato momento em que Jukoviski tenta se camuflar em meio a outros torcedores e em seguida acende e lança o explosivo. O inquérito policial será remetido à Justiça em 30 dias. "Como a prisão não foi em flagrante e ele é réu primário, possivelmente responderá ao processo em liberdade", explica Galvão.

O torcedor é integrante da Torcida Organizada Os Fanáticos. A soma das penas máximas nas duas acusações que recaem sobre Jukoviski pode chegar a seis anos de detenção. Devido ao mau comportamento das torcidas durante o clássico, Atlético e Coritiba foram denunciados pela procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e a data do julgamento deve ser definida na próxima semana.

Assista ao torcedor do Atlético flagrado atirando a bomba no Atletiba:

Câmera identifica torcedor do Atlético que jogou bomba no Atletiba

Robert Wilson Jukovski foi indiciado após ser identificado pelo sistema de imagens do Couto Pereira. Ele prestou depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira.

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