As polícias do Paraná e do Rio de Janeiro estão monitorando os torcedores do Vasco que têm histórico de confusões e que podem vir a Curitiba domingo (6), para a partida com o Coritiba, no Couto Pereira, na última rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o major Alex Erno Breunig, supervisor da Operação Futebol da Polícia Militar paranaense, as forças de segurança fluminense estão repassando dados de integrantes das organizadas vascaínas que poderão vir para a partida. Além da PM, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol (Demafe), também está recebendo as informações.
“Essa partida, que normalmente no meio do campeonato não teria tanta relevância, ganhou importância pela análise dos riscos. Tememos mais os torcedores do Vasco do que propriamente os do Coxa, pela situação complicada em que estão”, revela o major, já que o clube carioca tem 88% de chance de ser rebaixada - o Coritiba tem apenas 1% e precisa apenas do empate para se livrar da queda.
De acordo com Breunig, o esquema montado pela PM envolve um efetivo três vezes maior que o normalmente empregado em jogos de futebol - não foi revelado o total de policiais. “Serão 16 pontos de bloqueio em torno do Couto Pereira e teremos apoio de toda a Rotam da capital. Existe a preocupação com a segurança e estamos tomando todas as providências para evitar transtornos”, destacou.
Segundo o oficial, a preocupação com a torcida carioca se justifica pelo histórico problemático. Na última rodada de 2013, quando Vasco foi rebaixado na última rodada, a torcida cruzmaltina protagonizou um das maiores barbáries do futebol brasileiro, na briga com a torcida do Atlético na Arena Joinville.
A movimentação dos vascaínos será acompanhada pelas forças de segurança já na estrada. Assim que entrarem no estado do Paraná, pela BR-116, os ônibus da torcida vascaína será revistada por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM. Após a revista, o comboio segue viagem monitorado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na entrada de Curitiba, a Polícia Militar passa a conduzir os torcedores até o Couto Pereira.
Breunig orienta a quem não for no jogo a evitar as cercanias do Couto Pereira, devido o grande fluxo de pessoas.