O Coritiba gastou, em 2012, R$ 8,7 milhões com jogadores que estavam no departamento médico. O número, informado à Gazeta do Povo pelo presidente Vilson Ribeiro de Andrade, dimensiona o prejuízo com as sucessivas contusões. Problema que volta a assombrar o Coxa esse ano, que tem 10 dos 40 jogadores do elenco em tratamento.
O valor gasto com jogadores em tratamento de 2012 equivale a 21,7% dos R$ 40 milhões gastos em pessoal, benefícios e encargos de todo o departamento de futebol profissional e das categorias de base na temporada passada, segundo o balanço patrimonial alviverde.
"Fizemos esse cálculo considerando o salário pago durante toda a paralisação e o custo do departamento médico. Um dinheiro gasto sem que o jogador disputasse um minuto sequer de uma partida", lamenta Vilson.
Ano passado, o Coritiba chegou a ter durante o Campeonato Brasileiro 20% do elenco entregue ao departamento médico. Na época, o presidente chegou a convocar uma reunião para questionar os médicos sobre o alto índice de lesões. Saiu convencido com a explicação, baseada no elevado número de partidas do calendário nacional.
Calendário
"No futebol brasileiro você tem um índice maior de lesão que o futebol europeu. Na Europa o normal é uma média de 8% do elenco machucado por jogo. No Brasileiro é de 12%. Isso é explicado pelo número de partidas. O Coritiba jogou 82 vezes em 2012 e o Bayern de Munique, campeão da Liga dos Campeões, jogou 60", comparou o dirigente.
Para o jogo contra o Criciúma, neste sábado, o Coritiba tem um índice maior ainda de contusões. Dos 40 jogadores listados no elenco profissional dentro do site do clube, 10 estão entregues ao departamento médico: o zagueiro Chico, os volantes Sérgio Manoel (não joga mais em 2013) e Willian, os meias Alex, Robinho e Lincoln, o lateral Jackson, os atacantes Anderson Aquino, Deivid e Rafhael Lucas. Exceto Rafhael (se machucou no Paranaense), Aquino e Jackson (os dois fora desde o ano passado), os outros sete jogadores se machucaram em agosto, mês que o Coxa fechará com duas partidas por semana.
Para evitar que o problema se repita em 2014, o clube planeja realizar 30 dias de pré-temporada. Com isso, entregaria as primeiras rodadas do Campeonato Paranaense a um elenco mesclado de jogadores sub-20 e sub-23. Essa medida ainda está em estudo entre a diretoria alviverde e a comissão técnica.
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