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Victor Ferraz tenta iniciar um ataque coxa-branca: futebol medíocre na visão da diretoria do clube | Ide Gomes/Frame/Folhapress
Victor Ferraz tenta iniciar um ataque coxa-branca: futebol medíocre na visão da diretoria do clube| Foto: Ide Gomes/Frame/Folhapress

Vestiário

Irritado com o time, presidente ‘prestigia’ Marquinhos Santos

Prestigiado. Esse é o atual conceito do técnico Marquinhos Santos para o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade. O dirigente afirmou ontem que não pretende demitir o treinador, apesar dos maus resultados recentes e da péssima atuação do time ontem na derrota para o Botafogo. Para ele, não há porque quer saber de um "fato novo".

"O trabalho dele é bom, é uma pessoa correta, honesta e não tem conversa sobre isso [demissão]. Se sentirmos que ele não tem mais comando, vamos nos reunir, analisar e evidentemente seria uma troca normal do futebol. Mas será uma coisa pensada, não emocional, depois de uma derrota", comentou.

Mesmo assim, o mandatário coxa-branca deixou a decisão sobre uma possível saída nas mãos do próprio Marquinhos. "O treinador pode analisar a situação e, se entender que não está mais confortável perante o grupo, vamos apoiá-lo. Mas a diretoria confia no trabalho dele", prosseguiu.

O técnico segue com a cartilha de que o trabalho vai reverter a situação. Ele cobrou uma mudança imediata no desempenho do time já no jogo contra o São Paulo. "Temos de mudar logo, para domingo, principalmente a questão de atitude. Ficou nítido hoje [ontem] que faltou isso. Precisamos voltar a vencer para buscar o equilíbrio", disse.

O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, perdeu a paciência e saiu em rota de colisão com o elenco alviverde. Ao ser batido ontem pelo Botafogo por 3 a 1, no Maracanã, e emendar seis jogos sem vitória no Brasileiro, o Coxa tirou do sério o mandatário do clube, que não poupou palavras ao criticar fortemente a atuação do time no Rio de Janeiro.

"Eu tenho 65 anos e, sinceramente, no terceiro gol, aquele cara [o novato Hyuri] não passava por mim. Foi piada. Não aceito isso. Alguns jogadores vieram para cá, ficaram encantados com o Maracanã, tiraram fotos e esqueceram de jogar", bradou Andrade, citando a falha do lateral-esquerdo Diogo, quando o Alviverde sofreu o terceiro gol do time carioca.

Classificando o desempenho de ontem como "medíocre", ele preferiu não citar atletas nominalmente, assim como prometeu não começar uma "caça às bruxas". Mas foi incisivo. "Eu entendo que o time hoje [ontem] foi medíocre. Todos foram mal. Jogadores de talento, que poderiam produzir, nada fizeram", seguiu, sem poupar os mais experientes, num recado para Alex e Lincoln.

A bronca tem motivo. Desde o momento que perdeu a primeira no campeonato – na 11.ª rodada para o atual líder Cruzeiro –, o "mundo desabou" no Alto da Glória. O revés no Rio resultou na pior posição do Coritiba desde o início do campeonato: é o oitavo colocado, com 25 pontos.

Pontuação que o deixa a seis do Grêmio, equipe que abre o G4. Culpa do pífio desempenho das últimas seis partidas, período sem vitória – perdeu quatro e empatou duas, conquistando apenas 11% dos pontos disputados.

Ontem foi facilmente dominado pelo Botafogo, que abriu dois gols de vantagem ainda no primeiro tempo, com Rafael Marques, aos 13 minutos, e Hyuri, aos 40. Na etapa final, Hyuri, novamente, ampliou, logo aos 4. O Coxa ainda diminuiu, aos 12 minutos, com Alex, em gol de pênalti – o goleiro botafoguense foi expulso no lance. Mas nem com um a mais em boa parte da etapa final o time do Alto da Glória conseguiu reagir – o garoto Maykon recebeu o vermelho aos 39/2.º, deixando com dez para cada lado.

"Está demorando muito [para as vitórias voltarem], esperávamos que já tivéssemos alcançado uma vitória. Temos de pensar no domingo, pensar como a nossa decisão, a decisão do turno", resignou-se o técnico Marquinhos Santos, falando do duelo contra o São Paulo, no Couto Pereira.

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