O presidente do Coritiba , Rogério Bacellar, justificou a saída de vários dirigentes desde que assumiu o clube no início de 2015. Para ele, muitos cartolas deixaram o Alto da Glória por não suportarem as cobranças feitas pelo próprio mandatário.
“Você tem que deixar fora todos os amigos e todos os diretores que não estão ali para somar e estão ali somente para dar palpites, que podem estragar uma gestão inteira. Muitas pessoas que iniciaram comigo não me acompanharam porque talvez não gostam de ser cobradas por algumas atitudes. Eu delego, mas cobro”, declarou Bacellar em entrevista ao programa Balanço Esportivo, da CNT.
João Paulo Medina pediu demissão do cargo de diretor executivo depois de apenas cinco meses no clube. Junto com ele, o vice-presidente Ricardo Guerra também deixou o Coxa. Os dois alegaram problemas pessoais, mas a incompatibilidade política com Bacellar teria motivado a decisão conjunta dos dirigentes.
O diretor Maurício Andrade foi quem assumiu a lacuna deixada por Medina, mas também se afastou.O CEO alviverde pediu demissão em agosto deste ano alegando problemas de saúde. “Estamos colocando outra pessoa com a mesma sistemática que foi desenvolvida no começo da nossa gestão”, prometeu Bacellar.
Outros quatro vice-presidentes também já renunciaram . Ernesto Pedroso alegou ter sido traído pelo Conselho Deliberativo do clube. Já André Macias e Pierre Boulos deixaram os cargos após a chamada “crise do Whatsapp” e Luiz Antônio Eugênio de Lima saiu do Alto da Glória para focar nas suas atividades profissionais.
Mercado da bola
Ao falar sobre futebol, Bacellar garantiu que o zagueiro Luccas Claro – cujo contrato acaba no final do ano – está muito próximo de renovar e garantir sua permanência. “Já fizemos a proposta e ele aceitou. Acredito que na semana que vem que renovaremos”, disse.
O presidente também afirmou que recebeu propostas de vários clubes europeus pelo lateral-direito Dodô, pelo zagueiro Juninho, e pelo meio Raphael Veiga. Mas recusou todas. “Nós temos que parar dentro do Coritiba de entregar o jogador por qualquer preço”, explicou Bacellar.