Apesar de não balançar a rede na estreia pelo Coritiba, o paraguaio Jorge Ortega animou a torcida alviverde no Paratiba do último domingo (6). No clássico, ele acertou uma bicicleta, cavou o pênalti que originou o primeiro gol do time e brigou muito por todas as bolas. Um sinal animador após o trabalho do clube para contratar o jogador.
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O Coritiba apostou em duas frentes durante as negociações com o atleta: dentro do Alto da Glória, capitaneado pelo diretor de futebol Valdir Barbosa, e fora dele, através do ex-atacante Cléber Arado, que vestiu a camisa coxa-branca no fim da década de 90.
Cléber voltou a morar na capital paranaense há três anos. Ao saber que o amigo Gilson Kleina seria o novo treinador do clube e da carência do time em relação a centroavantes, o ex-jogador entrou em contato com alguns amigos paraguaios e chegou ao nome de Ortega.
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Leia a matéria completa“Eu pesquisei sobre ele, era quem estava mais em evidência no país. Por coincidência, conhecia o dono dos direitos econômicos dele e o apresentei à diretoria do Coritiba. Passei a minha vida inteira naquele pedaço do campo e acho que entendo um pouco”, destaca.
Por outros meios, o Coxa já estava de olho no atleta. O diretor Valdir Barbosa viu Ortega em ação nos jogos do Sportivo Luqueño contra o Atlético pela Sul-Americana do ano passado. “A gente assistiu a essas partidas pelo interesse no jogo e também para torcer contra”, admite, brincando. Ortega marcou contra o Rubro-Negro e colaborou para a eliminação do rival alviverde.
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Ao saber que o jogador estava livre para negociar, a diretoria foi atrás de mais informações. Conversou com outro ex-jogador alviverde, o volante Struway, também paraguaio, e usou a tecnologia. O clube utiliza o programa russo Wyscout, em que o interessado pode ver até 40 jogos completos de um jogador específico.
“Ao custo de 7 mil euros por ano eles fazem um mapa do cara, não falta nada. Não existe mais aquela história de DVD em que o jogador editava os lances”, conta Valdir Barbosa.
O contrato de Ortega é válido até o final de 2016. “É um jogador de área, bom na bola aérea, não deixa o zagueiro descansar.Precisávamos desse atacante de referência”, diz o cartola. “Se der certo, vai ser um grande achado”, aposta Cléber.
César González
O Coritiba segue tentando contratar o meia venezuelano de 33 anos. “Está bastante adiantada a negociação, mas como não devemos ter tempo de inscrever ele no Paranaense [sexta-feira é o limite] por causa da burocracia, ele está resolvendo problemas na Venezuela e desaceleremos. Esperamos até o final de semana definir essa contratação”, disse Valdir Barbosa.
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