Jeci e Emerson: parceria retomada no Avaí.| Foto: Facebook/Avaí

Reforços do Avaí em 2015, por pouco Emerson e Jeci não se reencontraram no Alto da Glória. Uma das duplas de zaga recentes mais afinadas do Coritiba, ambos tiveram contato com o clube para reeditar a parceria pelo Coxa nesta temporada. O retorno não se concretizou e os defensores acabaram juntos na equipe catarinense, adversária do Alviverde neste sábado (30), no Couto Pereira.

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Sem atuar pelo Atlético-MG, Emerson foi liberado para negociar seu destino e chegou a ser sondado pelo Coxa. Jeci ficou ainda mais perto do clube. O jogador definiu toda a sua transferência, estava com parte da mudança preparada para voltar ao Brasil após três anos no Kawasaki Frontale, do Japão, quando soube da desistência do negócio.

“Fiquei até meio assustado. Já estava até arrumando moradia aí, quando soube que não ia mais dar certo. Estava tudo encaminhado. Nem quero falar muito para não estragar a amizade que eu tenho e o carinho enorme pelo Coritiba”, contou o jogador. “Quando o clube quer e o jogador também, torna-se muito mais fácil. Mas não foi isso que aconteceu”, acrescentou.

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Cada um dos jogadores atuou três anos com a camisa verde e branca, e simultaneamente em 2011, quando formaram a parceria mais utilizada na retaguarda alviverde sob o comando do técnico Marcelo Oliveira, com a escalação em 18 jogos.

Juntos foram campões estaduais, vices na Copa do Brasil, recordistas de com 24 vitórias e se tornaram amigos. O êxito foi tão grande que há expectativa de que eles joguem juntos pelo Leão da Ilha. Jeci atuou na primeira e na terceira rodadas e Emerson no segundo jogo do Nacional.

Trajetórias

Jeci deixou o Coxa em 2012 para atuar no Japão. Da dificuldade da adaptação natural ao que ele define como ‘outro mundo’, o jogador conta ter vivido uma experiência incrível com a cultura e o respeito recebido no país.

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“Aqui no Brasil tem muito jogador jovem e folgado. Lá, se for mais novo, mesmo tendo experiência profissional e tudo, são extremamente respeitosos. Fazem tudo, até nos servem no refeitório. Achava até estranho. Mas era assim”, contou o atleta. Um dos motivos para o regresso ao país foi o filho de 10 anos. Alfabetizado em japonês, estava tendo dificuldade com a língua materna.

O caminho de Emerson foi diferente. Depois de ter chance até na seleção brasileira [no superclássico das Américas] graças ao desempenho no Coritiba, o zagueiro artilheiro foi contratado pelo Atlético-MG em 2013. Quando começava a ganhar espaço, sofreu uma fratura no tornozelo e em dois anos fez apenas 14 jogos pelo clube mineiro. “Foi uma passagem muito marcante pelo Coritiba, me tornei um dos zagueiros com mais gols pelo clube, com 21, só perco para o Pereira, que fez 23”, ressaltou.

“Queria ter escrito uma grande história no Atlético-MG também. Mas não consegui. Pensei que era o momento de recomeçar a carreira e só imaginei dois clubes para isso. No Coritiba e no Avaí, equipes que me projetaram e onde eu me sentiria acolhido para esse reinício, para recuperar a confiança. Acabou dando certo com o Avaí”, disse o jogador. Ele havia defendidos os catarinense de 2008 a 2010 e participado da campanha do acesso da equipe à Série A.

As expressões ‘emoção’ e ‘carinho’ foram usada pelos dois para definir a chance de rever a torcida alviverde. Sentimentos que os impede de descartar uma oportunidade futura no Alto da Glória. “Estaria mentindo se dissesse que não queria voltar a jogar pelo Coritiba”, confessou Jeci, repartindo um sonho com o antigo/novo parceiro de zaga.