Rafinha no centro da rodinha e com a bola, durante o aquecimento do Coritiba: palavras fortes| Foto: Marcos Labanca/Gazeta do Povo

Alviverdes

Éverton Ribeiro

O Cruzeiro confirmou ontem a compra de 60% dos direitos econômicos de Éverton Ribeiro – os valores não foram revelados. Assim, o jogador deixou definitivamente o Coritiba. As diretorias chegaram a um acordo e o atleta vai ficar quatro anos no time mineiro. O meia já estava treinando na Toca da Raposa.

Aquino

O atacante Anderson Aquino, que foi devolvido pelo Botafogo ao Coritiba nesta semana, vai voltar para Curitiba para realizar exames médicos mais detalhados. O clube carioca desistiu do empréstimo alegando uma lesão. Mesmo com o retorno, o Alviverde não conta com ele para essa temporada.

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O ano passado passou longe de ser um dos melhores de Rafinha pelo Coritiba. Depois de um ótimo 2010, um quase tão bom 2011, a temporada seguinte não teve tantos momentos para comemorar. Muito disso devido à falta de regularidade e de sequência de jogos, já que o atleta passou bastante tempo em companhia dos profissionais do departamento médico – teve lesões no tornozelo, na panturrilha e na coxa.

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Consequência vista em campo. Foi o pior período do meia-atacante com a camisa do Alviverde. Em 2012, participou de 45 jogos, marcando apenas sete gols (média de 0,15 por jogo). Muito pouco em relação aos anos anteriores: 57 partidas com 19 gols em 2010 (ou 0,33 a cada 90 minutos) e 9 tentos nos 56 jogos (média de 0,16) em 2011.

Números que pressionaram o jogador e criaram rumores de que não estaria feliz no time do Alto da Glória. Falaram até em um possível desejo de mudar de clube. No fim do ano passado preferiu o silêncio diante das conversas, reforçando a polêmica. Agora, passada a tormenta, desabafa. "Fiquei chateado com os boatos de que eu queria ir embora e que estava fazendo corpo mole para sair. Isso nunca foi verdade. Não quis falar naquele momento e preferi ficar na minha, apenas trabalhando", diz.

O certo é que ele tinha propostas para sair do Coritiba. Mesmo assim, além de a diretoria coxa-branca fazer questão de mantê-lo no elenco, ele optou por ficar. Afinal de contas, em toda a carreira – está com 29 anos – é a primeira vez que emenda a quarta temporada em um mesmo clube. Fato que o motiva ainda mais para buscar o tetracampeonato paranaense.

"Eu procurava isso há muito tempo na minha carreira. Nunca tive essa oportunidade de ficar tanto tempo num clube só. Tinha contrato com o São Paulo [entre 2003 e 2010] e era obrigado a mudar de clube. Mas agora fico muito feliz de poder ir para a quarta temporada seguida no clube", comemora.

Neste ano, aliás, ele vai precisar recuperar os bons momentos de antigamente. Isso porque a concorrência cresceu. O principal "adversário" é o recém-contratado Júlio César, atacante que defendeu o Figueirense até o ano passado. Mas, dependendo do posicionamento tático idealizado pelo técnico Marquinhos Santos, pode bater de frente com Lincoln, Alex e Bottinelli. Tarefa complicada.

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Mas, por enquanto, Ra­­finha está bem conceituado com o treinador. Nos primeiros treinos com bola, tem ficado entre os titulares que vão jogar somente a partir da quarta rodada do Paranaense (31/1). Nada que o deixe baixar o ritmo e mudar o discurso de boa vizinhança. "[A concorrência] ajuda para não nos acomodarmos. Vai jogar quem estiver melhor", resume.