Com a demissão do técnico Ney Franco, na última terça-feira (3), o Coritiba agora procura um treinador capaz de motivar a equipe para tentar escapar do rebaixamento nas cinco rodadas finais do Brasileirão – a contratação será feita até sábado, segundo Valdir Barbosa, diretor de futebol do Alviverde. E o nome de René Simões tem ganhado força, muito graças à campanha feita com o time em 2007, quando conquistou o título da Série B daquele ano, retornando o Coxa à Primeira Divisão.
Foguete alviverde
Leia a coluna de Carneiro NetoCom a identificação que o treinador tem com o clube, sua forma de trabalhar e seu histórico no comando alviverde, o torcedor tem tantos motivos para acreditar quanto para desconfiar que o técnico seja capaz de salvar o Coritiba da degola. Confira:
Motivos para confiar...
Acesso
O treinador carioca tem duas passagens pelo Alviverde, em 2007 e 2009, com 60 partidas, 28 vitórias, 12 empates e 20 derrotas, aproveitamento de 53,3% dos pontos disputados. A primeira passagem do treinador pelo Alto da Glória rendeu o acesso à Série A, um livro, chamado Do caos ao topo – uma odisseia Coxa-branca, mas acabou com um desentendimento entre René e o então diretor de futebol alviverde, João Carlos Vialle, o que culminou na sua saída.
Discurso motivador
O treinador é conhecido por sua forma de trabalho centrada na motivação dos jogadores. Sem tempo para trabalhar uma forma de jogo e tendo de aproveitar o trabalho deixado por seu antecessor, uma injeção de motivação pode ser o diferencial alviverde na reta decisiva da competição.
E para desconfiar
Números
René comandou o Coritiba na Série A no ano do centenário do clube e iniciou a campanha que culminaria no rebaixamento. Foram 18 jogos naquele campeonato e o aproveitamento deixa a desejar. Apenas quatro vitórias e rendimento de 29,6%, menor do que os atuais 34,3% da atual equipe no Brasileirão. Os números totais do treinador no clube também não garantiriam a salvação do time. Os pouco mais de 53% de aproveitamento renderiam ao clube mais oito pontos na tabela, somando 42 no total, dois pontos a menos do que o número mágico estimado pelo matemático Tristão Garcia, do site Infobola, para garantir a permanência. Estaria, porém, dentro das projeções do atual diretor de futebol coxa-branca, Valdir Barbosa, que aposta na salvação com 40, 41 pontos.
Trabalhos recentes
Simões foi demitido dos dois times que assumiu em 2015 e vinha de um longo período sem atuar como treinador. Começou o ano no Botafogo, pegando um time em remontagem e que havia acabado de cair, e comandou ainda o Figueirense, já brigando contra o rebaixamento.
No Alvinegro carioca fez 38 jogos, com 22 vitórias, oito empates e oito derrotas, deixou o time na liderança da Série B, mas caiu após uma série de seis jogos sem vitória que culminaram na eliminação do time da Copa do Brasil diante do Figueirense.
Assumiu o time catarinense em agosto, após a saída de Argel Fucks, e comandou a equipe por oito jogos, com três vitórias, um empate e quatro derrotas, a última no clássico com o Avaí, que deixou o Furacão do Estreito na zona de rebaixamento.
Antes de 2015, ficou três anos sem trabalhar como treinador, acumulando passagens como gerente e diretor de futebol no Atlético-GO, Vasco e categorias de base do São Paulo.
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