Luccas Claro é uma exceção no Coritiba. De toda a geração formada no clube que se destacou no título da Taça Belo Horizonte de 2010, chegou à semifinal da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2011 e conquistou a Dallas Cup em 2012, apenas o zagueiro se firmou. "Não é de hoje. É o quarto ano de trabalho no profissional. É difícil um atleta da base chegar e jogar. Tem de adquirir confiança, melhorar tecnicamente e taticamente", admite o defensor de 22 anos.
Autor do gol que garantiu o Coxa na Primeira Divisão no ano passado contra o São Paulo (1 a 0), Luccas Claro marcou duas vezes nesta temporada em 15 partidas só entrou menos em campo do que Vanderlei (17), Robinho (16) e Carlinhos (16). "Temos de fazer com que a juventude, a disposição, a alegria de jogar no profissional se junte com a experiência. Não é fácil jogar, mas qualidade aqui tem", aposta o zagueiro, que deixou para trás candidatos "mais gabaritados" ao time titular.
O trio de destaques da Dallas Cup, por exemplo, seguiu caminhos diferentes. O atacante Alex, autor de um dos gols da final contra o Manchester United, foi emprestado para o UFC United, da Suécia, junto com outras três promessas. O meia Zé Rafael será titular do Novo Hamburgo-RS, contra o J. Malucelli, hoje, pela Copa do Brasil. Já o meia Thiago Primão treina com o time B coxa.
Dos titulares da Taça BH e da Copa SP, os únicos que estão no grupo principal são o meia Dudu, o zagueiro Bonfim e o goleiro Rafael Martins. O zagueiro Wallison, o volantes Ícaro e o meia Denner integram o elenco alternativo.
"O trabalho não é rápido, demora um pouquinho. Alguns jogadores são emprestados e isso é bom. O Dudu, por exemplo, voltou com a cabeça diferente [depois de passagens por Oeste, Rio Branco e Chapecoense]. Um amadurecimento que acontece com outros atletas também, como o Bonfim, que tem condição de jogar. É questão de detalhe e oportunidade para mais atletas da base despontar", diz Luccas Claro.
"A verdade é que de 30, 31 atletas, tira-se dois ou três para o profissional. Essa é a realidade em qualquer clube", admite o auxiliar-técnico Zé Carlos, que comandou um time de revelações da base coxa-branca nas cinco primeiras rodadas do Paranaense deste ano.
"O Luccas [Claro], quando teve a oportunidade, agarrou e se firmou. O que falta para os outros é um número maior de jogos, ao lado de atletas mais experientes", avalia Zé Carlos, comandante do grupo B ao lado do auxiliar Édison Borges. "Mas, ao mesmo tempo, no início do Paranaense, faltou um pouco mais de vontade e determinação para alguns para aproveitarem a chance", admite ele, esperançoso em garimpar mais nomes para fazer companhia à exceção Luccas Claro.
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