Técnico culpa gols perdidos por vexame
O técnico Dado Cavalcanti pôs na conta dos gols perdidos a eliminação do Coritiba para o Maringá, no Campeonato Paranaense. Uma desclassificação selada ontem, no Couto Pereira, não pelo primeiro tempo no Willie Davids, em que os maringaenses abriram 2 a 0 e o Coxa só foi descontar no fim da partida.
"Tivemos muitas possibilidades, perdemos um caminhão de gols. Ficamos na frente do goleiro adversário inúmeras vezes e faltou um pezinho para fazer o gol", lamentou o treinador alviverde.
Em relação ao primeiro jogo, Dado trocou Norberto por Carlinhos para dar mais força ofensiva ao lado esquerdo. Embora tenha agradado ao treinador, Carlinhos foi sacado no intervalo para a entrada de Geraldo.
"Se não consigo fazer um gol com uma formação em 45 minutos, o que faz acreditar que faria com a mesma formação nos outros 45? Então preferi espetar mais o Geraldo pelo lado do campo", disse o treinador. "E antes que alguém pergunte, o Geraldo não tinha condições de jogar os 90 minutos. Ele rende muito mais quando entra durante a partida."
Outra aposta abortada no intervalo foi Keirrison. Em 45 minutos, o atacante teve como melhor participação um passe para finalização de Alex, a um minuto. Julio César pouco fez. Restou ao Coritiba a bola alta, caminho para o gol insuficiente de Luccas Claro aos 24 do segundo tempo.
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O Coritiba tem, a partir de hoje, 17 dias para o jogo de volta com o Cene, pela Copa do Brasil, e 20 para a estreia do Campeonato Brasileiro. Um período de reformulação no Couto Pereira, que certamente passará pelo gramado, com a contratação de jogadores, mas pode chegar ao banco de reservas.
O técnico Dado Cavalcanti deixou o gramado hostilizado por parte da torcida, que pedia a sua saída. Na sala de imprensa, teve toda a entrevista acompanhada pelo vice de futebol Paulo Thomaz de Aquino, o superintendente de futebol Mario Mazzucco e (boa parte) o gerente de futebol Tcheco. Os dirigentes seguiram direto para o vestiário conversar com o elenco. Saíram do estádio por outra porta, sem passagem pela sala de imprensa, e não atenderam o telefone. Deixaram sem resposta a pergunta crucial para o momento: Dado segue no Coritiba?
Nos bastidores, há um nome forte para o seu lugar. Vagner Mancini, vice-campeão da Copa do Brasil e terceiro no Brasileirão com o Atlético, teria até recebido uma sondagem do Coritiba. Presidente do Sindicato dos Treinadores, Mancini não admite conversar com clube que tem técnico empregado.
Dado, ainda o dono do emprego, estava visivelmente desapontado com o rendimento no Estadual. Não apenas pela eliminação na semifinal, algo que não acontecia com o Coritiba desde 2007, mas por não conseguir sair da competição com um time mais pronto. Terá de buscar soluções no mercado e transformá-las rapidamente em uma equipe mais forte.
"Temos necessidades que são visíveis e claras. São quatro jogadores no mínimo. Pedir paciência para a torcida numa hora dessas é dureza, normal que a tolerância diminua. Mas essa é a realidade do Coritiba. Temos de buscar nossas saídas", afirmou Dado.
Saídas que não estarão necessariamente disponíveis já para a estreia no Nacional, com a Chapecoense, dia 19 de abril. O próprio treinador admite um ajuste em dois tempos, em função da pausa da Copa após a nona rodada.
"Não tem como garantir que vamos começar dentro do esperado. A competição é dividida em duas partes. É preciso estar sempre ligado no mercado, pois é natural que no início alguns jogadores não se adaptem aos adversários e se tornem boas opções para nós", comentou.
Hoje, é impossível cravar que Dado estará à frente do Coritiba mesmo no primeiro momento do Brasileiro.
"Chegou a hora de mudar algumas coisas no Cori", escreveu, em sua conta no Twitter, o meia Rafinha, jogador do clube entre 2010 e 2013. Uma ideia que é consenso no Alto da Glória. Resta saber em qual nível.
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