Sob perspectivas distintas, o Paranaense ultrapassou ontem a metade da primeira fase. Após 36 jogos, o campeonato ainda é dominado pelos times menores e liderado pelo surpreendente J. Malucelli. Longe do protagonismo por percalços, planejamento ou até por opção, Atlético, Coritiba e Paraná tentarão voltar aos holofotes nas cinco rodadas restantes até a chegada do mata-mata.
No caso do Tricolor, o tempo parece ser aliado. Após perder três partidas consecutivas, o técnico Milton Mendes permaneceu, e ao bater o Prudentópolis ontem por 3 a 0, o time encaixou duas vitórias em sequência, o que alavancou sua posição na tabela de classificação. Com nove pontos conquistados, o clube é o melhor do trio de ferro, na sexta posição.
Ter superado o período de turbulência dá força extra ao elenco paranista, que está a uma vitória do líder J. Malucelli e a um ponto de quatro interioranos (Londrina, Maringá, Cianorte e Rio Branco) que brigam pela segunda posição.
Agora falta ganhar consistência. "Tivemos uma sequência de derrotas e agora, com duas vitórias, temos tranquilidade para desenvolver o trabalho", resume o capitão paranista Lúcio Flávio, 36 anos.
O Coritiba, por outro lado, mostrou força ao estrear os titulares na última sexta, no triunfo sobre o Rio Branco (2 a 0). Liderada pelo meia Alex, a equipe do também estreante Dado Cavalcanti dá a impressão de que vai arrancar até a 11.ª rodada e fechar a fase inicial na briga pelo topo.
Nos primeiros cinco jogos, o time alternativo do técnico Zé Carlos teve desempenho sofrível. Somou somente cinco pontos, além de se despedir com derrota melancólica no Atletiba (3 a 0).
Foi necessário apenas um jogo para o grupo principal recolocar o Alviverde na zona de classificação é o sétimo, com oito pontos e voltar a atuar com o status de atual tetracampeão em busca do penta histórico.
"Estreamos na sexta rodada do Paranaense para termos um período de adaptação, erros, tentativa, correção. E para chegarmos mais fortes na fase de mata-mata, que coincide com o início da Copa do Brasil", comenta Cavalcanti.
A situação mais crítica é a do Atlético. Com técnico debutante e time bem diferente daquele que foi vice-campeão em 2013, as coisas por enquanto não funcionaram no CT do Caju. A primeira vitória na disputa no clássico com o Coxa deu a impressão de que uma reação seria iniciada, mas a derrota para o Cianorte (2 a 1), ontem, trouxe Petkovic e seus comandados de volta à realidade.
Penúltimo colocado com cinco pontos, será preciso melhorar muito para afastar a ameaça de parar no Torneio da Morte, mesmo que em uma competição ignorada pelo alto comando do clube. "Temos de fazer o que tem de ser feito. Esquecer rapidamente essa derrota e pensar na quinta e no domingo. Temos obrigação de ganhar de Londrina e Arapongas", crava Petkovic.
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