O interesse do Coritiba por Ronaldinho Gaúcho provoca a lembrança de outros jogadores considerados medalhões que vieram parar no Alto da Glória. Nenhum deles do porte do R10. O último deles foi Kléber Gladiador. Alguns deram muito certo, como o goleiro Manga e o colombiano Aristizábal, outros muito errado, casos de Marcelinho Paraíba e do goleiro uruguaio Jorge Seré.
Relembre alguns dos nomes estrelados que passaram pelo clube:
Manga
O goleiro com passagem pela Seleção Brasileira fez história no Botafogo. Veio no final da carreira para o Coritiba, mas manteve o alto nível de atuações. Foi campeão Paranaense em 1978. Mas antes do jogo final, o goleiro chamou o ex-dirigente alviverde Estevão Damiani para uma conversa. “O Manguinha está com problemas de salários atrasados. E Manguinha com problema em partida decisiva tem medo de jogar mal e comprometer o time”, disse o arqueiro, que hoje vive na Colômbia. O mandatário tirou o talão de cheque na hora, mas Manga retrucou. “Manguinha tem problemas com cheque, prefere os 100 mil em dinheiro mesmo”. Tempos depois, o goleiro recebeu a quantia, e na final fechou o gol pegando até pênalti.
Dadá Maravilha
O folclórico atacante chegou ao Coritiba em meados de 1983. Era o principal reforço do time em busca do Paranaense daquele ano. Mas Dadá não conseguiu levar o Coxa ao título, conquistado pelo rival Atlético. No ano seguinte, deixou o Alviverde rumo a mais um dos 17 clubes que defendeu ao longo da carreira.
Adílio
O meia-direita era ídolo máximo no Flamengo e reforçou o Coxa para o Brasileirão de 1987. Sua passagem pelo Alto da Glória foi um fracasso e, quase um ano depois de ter estreado, deixou o clube sem ter feito um mísero gol.
Biro-Biro
Conhecido por sua cabeleira e a raça dentro de campo, o ex-corintiano chegou ao Coxa após o Paranaense de 90 e ficou apenas 21 dias no clube. Foi titular em alguns jogos e deixou o time rumo ao Guarani (SP) sem balançar as redes.
Jorge Seré
O goleiro uruguaio defendeu o Coxa em 95, aos 33 anos. Jogou apenas duas partidas – uma delas com direito a um frango vergonhoso, contra o Paraná. No futebol, Seré foi campeão do Mundial de Interclubes pelo Nacional, do Uruguai. Na final, contra o PSV Eindhoven de Romário, o goleiro defendeu quatro penalidades.
Aristizábal
O colombiano foi o grande reforço para a disputa da Libertadores de 2004, para substituir o prata da casa Marcel, que acertava com o futebol sul-coreano. O atacante havia sido campeão brasileiro no Cruzeiro no ano anterior e, pelo Coxa, balançou a rede 12 vezes na temporada, caindo no gosto do torcedor pelos golaços. Rescindiu amigavelmente o contrato para encerrar a carreira no Atlético Nacional, da Colômbia, clube que o revelou.
Marcelinho Paraíba
Veio como a grande contratação do clube para o ano do centenário, para suprir a ausência de Keirrison, que foi para o Palmeiras. Tornou-se referência técnica do time, mas não evitou o rebaixamento. Fez belos gols, mas as regalias concedidas pela diretoria e a vida noturna agitada do meia-atacante incomodaram a torcida. Na festa do centenário do clube, a banda ACDC chegou a ser cotada para fazer o show, mas o torcedor coxa branca teve de se contentar com a “100% Paraíba”, banda patrocinada pelo camisa 10, fato que mostra o tamanho de sua influência – para o bem e para o mal – na época.
Deivid
Chegou para ser a referência do ataque em 2012, mesmo aos 32 anos. Foi importante na campanha que livrou o time do rebaixamento daquele ano. Em 2013, levantou o Paranaense, mas já sofria com a sequência de lesões. No início de 2014, o atacante pediu a rescisão contratual e entrou na Justiça contra o Coritiba, alegando salários atrasados. No Tribunal Superior do Trabalho (TST) o Coritiba foi inocentado e não precisou pagar os R$ 20 milhões pedidos pelo jogador.
Alex
O craque dispensa apresentações. O maior ídolo da história recente do clube voltou em 2013 para encerrar a carreira no time do coração. No currículo, ele coleciona títulos como Libertadores, Brasileiro, duas Copas do Brasil, duas Copas América... No Fenerbahçe, da Turquia, seu último clube antes de voltar ao Coxa, Alex tem até uma estátua em sua homenagem. O retorno foi marcado por golaços e a sua única conquista pelo Alviverde, o Estadual de 2013. Encerrou a carreira no final de 2014.
Kléber Gladiador
O Gladiador chegou ao Coritiba em baixa, após uma passagem sem sucesso pelo Vasco. Em 2015, conviveu com lesões e decepcionou. O ano passado, entretanto, foi bem diferente. Kléber engrenou e foi o destaque do Coxa, com 23 gols marcados na temporada.
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