Treino do elenco coxa-branca durante a temporada 2015: definir quem fica no plantel é uma das tarefas de Kleina.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O técnico Gilson Kleina, que deve ser confirmado no comando do Coritiba para 2016, chega ao clube com uma série de desafios pela frente. Desde as questões esportivas, como a montagem do elenco, até superar a rejeição inicial da torcida devem ser determinantes para o sucesso do treinador curitibano à frente do Coxa.

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Confira as principais tarefas e desafios que Gilson Kleina terá no comando alviverde:

Montagem do elenco

A empreitada começa com a montagem do elenco para 2016, algo que terá necessariamente a colaboração do treinador. O Coxa tem contrato com alguns dos jogadores que formam a base da equipe que terminou 2015, como o goleiro Wilson, a dupla de zaga Juninho e Walisson Maia, além do volante João Paulo. Porém, alguns atletas importantes e pretendidos pela direção podem estar de saída, casos do atacante Henrique Almeida, do meia Juan e do zagueiro/lateral Leandro Silva. Kleina precisará encontrar reforços pontuais e definir quem do atual grupo interessa manter; tudo isso considerando ainda as limitações financeiras do Coxa.

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Sombra de Pachequinho

Com a fase final de Brasileirão feita pela equipe alviverde, o nome de Pachequinho ganhou força entre os torcedores do Coritiba e a sua efetivação no comando da equipe chegou a ser cogitada pela direção. O ex-atacante será o auxiliar técnico direto de Kleina, contará com um investimento do clube para se especializar na função e deve participar das decisões sobre o time para o próximo ano. Kleina vai contar com a ajuda do ex-atacante, mas também terá sua ‘sombra’, pois a figura de Pachequinho será constantemente ligada à salvação coxa-branca em 2015.

Crises políticas

O conturbado ambiente interno do Coritiba causou uma série de reviravoltas na última temporada alviverde e a perspectiva é de que as confusões não tenham sido encerradas. Com o presidente cada vez mais isolado, sofrendo com a pressão de conselheiros e torcedores, sem um grupo de apoio para dar suporte, os bastidores prometem esquentar a cada revés, como aconteceu no período em que Ney Franco treinou o Coxa.

Peso do Estadual

O Coritiba não conseguiu dimensionar a importância do Paranaense nos últimos anos. Nas duas últimas temporadas, o time ficou sem o título estadual, a pressão por resultados imediatos cresceu e a sequência do trabalho de Dado Cavalcanti, em 2014, e Marquinhos Santos, em 2015, acabou interrompida no início do Brasileirão. Culturalmente o título local é relevante para o Alviverde e Kleina precisa brigar pela taça para não acabar sendo protagonista da novela de demissões pós-Estadual.

Estabilidade no Brasileirão

Poucas equipes conseguem manter uma regularidade em um campeonato como o Brasileirão, com 38 rodadas, com fórmula de disputa por pontos corridos, mas após três anos de briga contra o rebaixamento, esta será a tarefa de Gilson Kleina no Coritiba. Se conseguir passar pelo Estadual, Kleina precisará ter estabilidade com a equipe, mantendo o time longe da briga contra a degola para ficar no cargo.

Rejeição da torcida

Por não ser um nome forte, não ter histórico de grandes trabalhos, pelo contrário, ter participado de cinco clubes rebaixados em sua carreira, Kleina deve enfrentar forte rejeição da torcida. Em enquete do blog Arquibancada Virtual, da Gazeta do Povo, apenas 21% dos torcedores alviverdes escolheram Kleina em vez de Pachequinho, dimensionando o tamanho da antipatia da torcida com a decisão do clube na escolha do comandante.

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Conhecer a base

Sem grande capacidade para investir em contratações, o Coxa terá de garimpar na base algumas peças para complementar seu elenco, especialmente no início de temporada. A participação de Pachequinho, que já comandou alguns times de formação alviverdes, deve ajudar na integração entre base e profissional, mas o treinador precisará conhecer as jovens revelações do Alto da Glória para tentar ter algum sucesso na promoção dos garotos.

Peso do bom trabalho na terra natal

Até hoje o curitibano Kleina nunca teve um grande trabalho de destaque na sua cidade natal. No Paraná, em 2004, saiu com o time na zona de rebaixamento. Em 2007, no mesmo Tricolor, participou da campanha que acabou com o rebaixamento paranista. No estado, o melhor trabalho foi no Iraty, onde conquistou o Paranaense sem a disputa dos times da capital.