A Chapecoense volta aos gramados diante do Palmeiras neste sábado (21), às 16h30, na Arena Condá. O amistoso marca o processo de reconstrução da equipe após a tragédia na Colômbia, no final do ano passado, na queda do avião que vitimou 71 pessoas, 49 ligadas ao clube.
O retorno às atividades depois do desastre contou com o suporte de diversos clubes. Entre as equipes, Atlético e Coritiba se dispuseram a participar da reconstrução do elenco dos catarinenses. Entretanto, as conversas para a cessão de jogadores da dupla Atletiba acabaram não evoluindo.
“Houve conversas com os dois clubes. Ambos se colocaram a disposição da Chapecoense. Mas as coisas não se confirmaram, de acordo com o nosso planejamento, o que é normal dentro do futebol. Não temos o que reclamar”, diz João Carlos Maringá, diretor de futebol da Chape.
Quem esteve mais próximo de uma negociação foi o volante João Paulo, do Coritiba. O jogador foi ofertado pelo Alviverde, que se comprometeu ainda a pagar parte dos salários. No entanto, não entrou nos planos do técnico Vágner Mancini para a temporada 2016.
O contato com o Furacão ocorreu no Paraguai, quando dirigentes dos dois clubes estiveram reunidos para participar do sorteio da Libertadores da América, em dezembro do ano passado. Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, foi quem ofereceu a ajuda.
“Disponibilizamos atletas e pedimos que eles dissessem quais posições tinham carência. Mas não se efetivou. Falei recentemente com o Plínio [David de Inês, presidente da Chape] e reafirmei que estamos a disposição”, conta Luiz Sallim Emed, presidente do Rubro-Negro.
Do Paraná saiu o único jogador dos times de Curitiba para a Chapecoense, caso do meia-cancha Nadson. A transferência do jogador, entretanto, foi uma negociação normal. Nádson fez um acordo judicial com o Tricolor e vestirá a camisa verde na temporada 2016.
Reação imediata à tragédia, os clubes de uma forma geral também se mobilizaram para doar recursos. Neste caso, pouco se concretizou. Até então, a Chape obteve R$ 220 mil em doações – cerca de R$ 90 mil de rendas de Sport e Figueirense na última rodada do Nacional.
“Não teve o que muitos prometeram. Mas ainda estamos aguardando, alguma coisa pode entrar. Ainda temos muitas coisas para acertar no clube e toda ajuda é muito bem-vinda”, comenta Luiz Antonio Palaoro, vice-presidente jurídico da Chapecoense.
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