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Tcheco abraça o presidente do Coxa, Vilson Ribeiro de Andrade: de jogador para executivo | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Tcheco abraça o presidente do Coxa, Vilson Ribeiro de Andrade: de jogador para executivo| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

      Tcheco nem percebeu, mas entrou na sala de imprensa pontualmente às 14 horas, conforme estava marcada a sua última entrevista como jogador. O rosto denunciava a noite maldormida, que nem o almoço foi capaz de atenuar. Quase não comeu.

      Vestia calça jeans, blusa bege e jaqueta preta. Trazia nas mãos um boné do Coritiba, rapidamente deixado sobre a bancada. Sentou-se ao lado do presidente, Vilson Ribeiro de Andrade, sempre com as duas mãos juntas sobre as pernas, observado atentamente por duas dezenas de jornalistas, seu pai, seu filho, um primo e um amigo. Respirou fundo e iniciou um pronunciamento de 9 minutos e 21 segundos, interrompido três ou quatro vezes para escolher a palavra mais adequada. Não chorou. Falou o que era esperado. "Só vim anunciar de forma oficial o que todos já sabem, a minha aposentadoria", abriu.

      Os minutos seguintes foram de lembranças da carreira e planos para o futuro. Das recordações, a melhor é do futsal do Pinheiros, onde começou a jogar aos 9 anos. "Eu, o Giovane, o Pedrinho, o Batatinha, o Ricardinho e o Marcelo [Lipatín] fizemos um time que marcou época. Se não foi a melhor, foi uma das melhores épocas da minha vida", disse. Na outra mão, o duro retorno da China, no fim de 1999, quando cogitou largar o futebol. "Voltei machucado e logo fui dispensado pelo Paraná depois de 15 anos de casa. Passei um mês e meio treinando em parque, sem conseguir clube. Foi o momento mais difícil da minha carreira e da minha vida", contou.

      Da história vitoriosa no Coritiba, a única decepção é por não ter ajudado dentro de campo o clube a vencer a Copa do Brasil em casa. "Não é crítica ao Marcelo Oliveira, mas me sinto frustrado por não ter jogado nenhuma das finais no Couto Pereira", afirmou o ex-jogador, que entrou somente nos jogos de ida contra Vasco e Palmeiras.

      Sobre a nova função, Tcheco pretende ser um exemplo para os jogadores do clube, exatamente como seus ídolos Zico e Ronaldo foram para ele.

      A função: executivo de futebol. O nome? "Fora do país é melhor Anderson. Mas aqui no Brasil pode ser Tcheco mesmo", finalizou.

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