Coritiba e Palmeiras entram em campo hoje, às 19h30, no Couto Pereira, unidos pelo risco de rebaixamento e a dor do centenário. Para o Coxa, não cair é evitar o retorno ao ponto em que chegou no centésimo aniversário: a Série B nacional. Para os paulistas, não ser mais um clube a ver a festa pela data especial acabar com o choro de uma queda.
Pela sexta vez Alex estará em campo em um Coritiba x Palmeiras; confira os números do meia
Confira as escalações de Coritiba e Palmeiras
Na classificação, o Palmeiras está duas posições e um ponto acima do Coritiba. Tão próximo quanto a convivência dos dois clubes com o rebaixamento nas últimas temporadas.
O Coxa ficou a uma vitória da Libertadores em 2011, ano da volta à elite. De 2012 para cá, briga contra o rebaixamento. Ano passado escapou na última rodada. Neste, conta com a vitória hoje para seguir dependendo apenas de si. Em momento algum deixou de sentir a dor das cicatrizes da queda em 2009.
Ano passado, seguranças e policiais ficaram de prontidão no jogo decisivo com o Botafogo, no Couto Pereira, na penúltima rodada. Temiam, em caso de derrota, uma repetição da barbárie de 2009. O Coxa venceu e a paz reinou.
Agora, mesmo precisando de apoio, foi moderado na promoção de ingressos. Baixou o preço a R$ 30, com o benefício condicionado ao torcedor ser amigo de um sócio.
"Nós chegamos a perder o patrocínio até do seguro saúde porque a empresa alegou que não podia ligar o seu nome com o caso de violência", lembra o presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Segundo ele, o clube sofreu mais com as consequências da violência e a perda do dinheiro da tevê.
A violência permeia todo o sofrimento palmeirense em 2014. Somente esta semana, o carro do presidente Paulo Nobre foi atingido por uma bomba e os portões do Allianz Parque amanheceram pichados no dia seguinte ao jogo de inauguração; derrota por 12 a 0 para o Sport, quarta-feira.
O Palmeiras acaba de voltar da Série B, tem um estádio que precisa de casa cheia para ser rentável e um presidente que pôs R$ 140 milhões do bolso para montar um time ameaçado de rebaixamento desde o início do Brasileiro.
O jogo terá reflexo eleitoral. As duas torcidas vão às urnas: no Palestra, dia 29/11; no Alto da Glória, dia 13/12. Os presidentes tentam a reeleição e hoje terão a noção exata se poderão usar o centenário (e reflexos) como bandeira.
No Coritiba, como o ponto de partida de uma reconstrução que ainda não terminou. No Palmeiras, como o ano da volta para casa. Apesar dos sustos.
Tabu de Alex
Sem saber até hoje o que é vencer um Coritiba x Palmeiras, qualquer que seja o lado, o meia Alex fará o seu antepenúltimo jogo na carreira e é a principal esperança coxa de conseguir a necessária vitória para o time sair da zona de rebaixamento.
Ídolo palmeirense após a conquista da Libertadores de 1999, o meia lamentou reencontrar o seu ex-clube nessa situação, em que o melhor para o seu time significa colocar a ex-equipe na zona de rebaixamento. "Fico triste pelo momento dos dois. Imaginava poder enfrentar o Palmeiras em uma condição melhor dos dois lados. Mas é o que temos", afirmou o jogador.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais