Sem a ameaça do rebaixamento com uma rodada de antecedência, o Coritiba viu a temperatura das eleições subir nessa semana. Tanto na internet como no corpo a corpo, cada chapa tem usado suas armas para tentar mostrar qual é o melhor caminho para os sócios escolherem no dia 13 de dezembro.
"Estamos colocando a campanha na rua, com o G5 indo para o corpo a corpo e unindo a tropa de conselheiros para se comunicarem com associados por todos os meios que puderem", admite o candidato a vice-presidente da situação, a chapa Coritiba, Nós Construímos, Omar Akel.
"Nós estamos chamando de G165 em vez de G5, porque todos estão trabalhando para os sócios saberem o que pensamos para o futuro do clube", contrapôs Ricardo Guerra, candidato a vice-presidente da chapa Coxa Maior, citando os 160 candidatos ao Deliberativo e cinco ao Administrativo.
A participação dos presidenciáveis na campanha está sendo guardada para a reta final. Vilson Ribeiro de Andrade, candidato à reeleição, viajou para Assunção, no Paraguai, para uma homenagem da Conmebol e deverá voltar amanhã a Curitiba. Já o oposicionista Rogério Bacellar está em São Paulo a negócios e ainda passará por Brasília. "A partir da próxima semana devo entrar de cabeça na campanha", avisa.
Ainda assim, a busca por votos é intensa. Após o lançamento oficial da chapa na semana passada, a oposição tem feito encontros diários no comitê da campanha com sócios que queiram conversar com candidados ao G5. Já a situação está planejando um evento para amanhã, em Santa Felicidade.
Na internet, vídeos com ex-jogadores apoiando cada uma das chapas se tornaram comuns. Claudio Marques, Jairo e Gerson Dall Stella estão ao lado de Vilson. Serginho Cabeção, Rafael Cammarota e Toby apoiam Bacellar.
O clima de campanha também esquentou nos últimos dias com vídeos dos integrantes das chapas, pedidos de impugnação das candidaturas dos dois lados, além de boataria envolvendo até a vida pessoal dos concorrentes.
Nesta semana chamou a atenção um e-mail da situação criticando a chapa contrária por dizer que a dívida do clube cresceu quase 300% em quatro anos. "Na verdade saiu de R$ 140 milhões para R$ 160 milhões", defende Akel. "É mentira que eram R$ 140 milhões. Eram R$ 50 milhões. Eu estava lá", rebate de pronto Ernesto Pedroso, candidato a vice pela oposição e que exerceu esse cargo na atual gestão.
Membros recentes da diretoria mudaram de lado com direito a ataques à atual diretoria. "Não é à toa que ninguém do G5 continua. É o isolamento do Vilson, que não compartilha as decisões", critica Paulo Thomaz de Aquino, ex-vice de futebol, agora na Coxa Maior. Marcio Schwab, vice de finanças, também sai do G5, mas aderiu à chapa de situação. "Não continuo porque viajo muito a trabalho. Minha relação com o Vilson é muito boa."
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