Série de gols tardios tira pontos e o sono no Coritiba

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Dos sete últimos gols que o Coxa sofreu nesse Brasileiro, quatro ocorreram nos últimos 15 minutos do segundo tempo. Uma fragilidade que o Alviverde terá de contornar nas seis rodadas que restam da competição. De 18 pontos ainda em disputa, serão necessários 11 para evitar o rebaixamento.

E o Coritiba terá um desafio à altura de sua desatenção tardia no sábado, contra o Fluminense, no Couto Pereira. O Tricolor se especializou em tirar proveito dos cochilos dos adversários no fim das partidas. Dos 51 gols marcados, a equipe do artilheiro Fred fez 14 — o equivalente a 27% — nos últimos 15 minutos. Mas o principal alerta para o time paranaense é o fato de os cariocas estarem embalados por quatro triunfos consecutivos, todos com gol nos instantes finais.

Para não ser a quinta vítima, o Coxa não poderá repetir as falhas cometidas recentemente contra Figueirense, Grêmio e Corinthians. Con­­tra os catarinenses, há quatro rodadas, o descuido teve origem no desespero. Na tentativa de reverter um placar que estava 2 a 0 para o adversário, o Alviverde tomou mais dois gols pouco antes do apito final.

Situação diferente da protagonizada nos outros dois casos, quando o time acabou sucumbindo ao tentar se abraçar no resultado de vitória parcial. Gaúchos e paulistas aproveitaram a falta de ofensividade do oponente, empataram o duelo e tiraram quatro pontos que deixariam a equipe do Alto da Glória, hoje, em um confortável 14.º lugar.

No início do Brasileiro, o Coritiba já tinha ensaiado essa série de frustrações com gols tardios. Na quarta e na quinta rodadas, o Al­­viverde caiu diante de Sport e Cruzeiro dessa maneira.

Com uma semana inteira para trabalhar, a missão de evitar que isso aconteça exigirá atenção — e dedicação — em dose dupla: do técnico Marquinhos Santos e do psicólogo Mauricio Marques Pinto, contratado há três semanas. Ele terá de encontrar uma forma de recupe­­rar o emocional dos jogadores, abalado pela má campanha. Em 27 das 32 rodadas, o Coxa se manteve afundado na zona de rebaixamento. Desempenho que, segundo o matemático Tristão Gar­­cia, deixa o time com 56% de chance de cair para a Série B.