Top 5
É raro vermos treinadores que duram em seus clubes. Veja as exceções entre os times das Séries A e B:
5 - Gilson Kleina (Ponte Preta): desde o início de 2011 na Macaca, o paranaense conseguiu levar o time campineiro de volta à Série A após seis anos de ausência.
4 - Marcelo Oliveira (Coritiba): desde a saída de Ney Franco, após a Série B de 2010, ele entrou para faturar dois estaduais e levar o clube a duas finais da Copa do Brasil.
3 - Tite (Corinthians): ao assumir o Corinthians em agosto de 2010, após a ida de Mano para a seleção, sobreviveu a uma eliminação vergonhosa na Libertadores de 2011 e levou o Timão ao título Brasileiro daquele ano e à final da Libertadores deste.
2 - Felipão (Palmeiras): no Palmeiras desde junho de 2010, sobreviveu no cargo mesmo sem títulos. Chegar à final da Copa do Brasil é a sua maior façanha.
1 - Marcelo Veiga (Bragantino): desde 2007 no clube, ele tem resultados expressivos para um clube de pequeno porte. Duas semifinais de Campeonato Paulista e um acesso com título da Série C para a Série B credenciam o novato de 47 anos.
Frase do dia
"Tá osso. Este não vai dar (...) Ontem [segunda] treinei com dor mas não dá. Não quero prejudicar o time em um jogo. Quarta [dia 11] eu estou 100%."
Ayrton, lateral do Coritiba, anunciando que está fora da final em seu Twitter.
A regra não dita o trabalho dos finalistas da Copa do Brasil. Oponentes de amanhã, às 21h50, na Arena Barueri, Marcelo Oliveira e Luiz Felipe Scolari integram um grupo restrito: o dos sobreviventes à alta rotatividade do futebol brasileiro. O coritibano está há 18 meses no Alto da Glória, enquanto o palmeirense completa, no próximo dia 15, dois anos à frente do time paulista.
Longevidade que apenas outro treinador desfruta entre os comandantes da Série A. Tite, que hoje luta pela inédita conquista da Libertadores, assumiu o Corinthians em agosto de 2010.
Apesar do longo tempo de casa em comum, Scolari e Oliveira seguiram trajetórias distintas nos respectivos clubes. Enquanto Felipão retornou ao Palestra Itália com uma Copa do Mundo no currículo, além de títulos importantes na própria galeria palmeirense entre eles a Copa do Brasil (1998) e a Libertadores (1999) , Oliveira tinha como principal referência a indicação de seu antecessor Ney Franco.
Ainda assim, o desempenho do treinador coxa-branca foi superior ao do rival de amanhã neste período. Marcelo Oliveira soma dois estaduais no Alto da Glória, enquanto o time paulista amarga um jejum de taças desde o Paulista de 2008 antes de Scolari.
Pela Copa do Brasil, Oliveira leva vantagem até no confronto direto. Em 2011, os treinadores se encontraram em um dos jogos mais marcantes do Coritiba, a goleada por 6 a 0 no Couto pelas quartas de final. Baque que o Palmeiras não reverteria, sendo eliminado com uma vitória por 2 a 0 no jogo de volta. O revés foi apenas um dos que a diretoria teve de contornar para manter o treinador. Cobranças que também não faltaram no Coritiba.
"A gente sempre se dispôs a manter uma comissão técnica por períodos longos, pois nossos projetos não são a médio e curto prazos. O Marcelo é uma das peças dessa comissão e de toda uma estrutura comandada pelo [superintendente Felipe] Ximenes há quatro anos", justificou o presidente Vilson Ribeiro de Andrade.
Para isso, não poupou "blindagem e apoio" para dar tranquilidade ao treinador e ao plantel, o que Andrade considera terem sido fundamentais para o sucesso do clube.
O vice-presidente do Palmeiras, Roberto Frizzo, também se orgulha da sequência de Felipão no clube. "É importante quando se consegue manter um treinador. Sempre fui filosoficamente contra o rodízio de técnicos. Estamos muito bem servidos", afirmou o dirigente, que amenizou o retrospectivo do treinador. "O histórico [de conquistas no clube] conta, mas o mais importante é o trabalho que ele faz agora. O Felipão tem competência e é muito trabalhador, o que nos deixa satisfeitos", completou.
Colaborou: Adriano Ribeiro.
Dirigente paulista rejeita pressão
Adriano Ribeiro, enviado especial
A turbulência nos bastidores e a falta de conquistas em campo têm sido constantes nas últimas temporadas do Palmeiras. Enquanto a equipe coxa-branca retorna à decisão do torneio nacional logo um ano depois de ficar com o vice, o Porco vive um longo jejum de finais.
A última vez em que decidiu a competição foi há 14 anos, quando venceu. A decisão mais recente de uma disputa em âmbito nacional foi em 2000, na extinta Copa dos Campeões. Já o gostinho de levantar uma taça e dar a volta olímpica não é sentido desde 2008, quando foi campeã paulista. O período sem conquistas coloca pressão sobre os palmeirenses.
"A cobrança existe, mas não pode haver pressão em cima dos jogadores. Este é outro elenco. Eles não têm nada a ver com as coisas que se passaram nos últimos anos", opina o vice-presidente do time paulista, Roberto Frizzo.
E justamente no reencontro com uma luta por título, o Palmeiras terá o Coritiba pela frente, time que causou uma das maiores vergonhas recentes do clube a goleada por 6 a 0, no Couto Pereira, nas quartas da Copa do Brasil do ano passado.
"Nem lembro mais disso. Cada jogo é um jogo. Foi uma fatalidade e provavelmente não vai mais acontecer em partidas entre as duas equipes", despista o dirigente alviverde. "O Coritiba é uma equipe bem estruturada, bem dirigida e que merece muito respeito", emenda.
Outro ingrediente nos dias decisivos é a possibilidade de o rival Corinthians conseguir a conquista inédita da Libertadores decide o título na noite de hoje, contra o Boca Juniors, no Pacaembu. Hora de secar o adversário? Melhor não. "Não me importo com o adversário neste momento. O meu jogo é quinta-feira [amanhã]. Não quero saber de outra coisa", rebate Frizzo.
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