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Angolano Geraldo comemora, após sair do banco e cravar o quarto gol em Atletibas | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Angolano Geraldo comemora, após sair do banco e cravar o quarto gol em Atletibas| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Geraldo é o maior sonho dos coxas-brancas e o maior pesadelo rubro-negro em Atletibas neste século. Ontem, pela quarta vez, o angolano balançou a rede no principal clássico do futebol paranaense. O gol da vitória por 1 a 0, no Couto Pereira, que recoloca o Coritiba na liderança do Campeonato Brasileiro e mantém o Atlético na vice-lanterna. De 2001 para cá, somente Marcos Aurélio tem tantos gols sobre o rival.

"Para mim se fosse só Atletiba, seria maravilhoso. Eu seria o artilheiro do Brasileirão", disse Geraldo na saída do gramado, ovacionado pela torcida coxa-branca e cercado por inúmeros microfones e câmeras.

Como é regra nos seus quatro anos de Coritiba, Geraldo começou o clássico no banco. Marquinhos Santos preferiu Everton Costa como a opção de velocidade no ataque, ao lado de Deivid. Não deu certo. O excessivo número de passes errados travava o jogo coxa-branca diante da forte marcação rubro-negra. Assim como havia acontecido 75 vezes de 2010 para cá, a solução foi recorrer ao angolano para o segundo tempo. Bastaram dez minutos para a aposta dar resultado.

Vanderlei ficou com a bola após um cruzamento na área e deu um chutão para Alex no lado direito do ataque, junto à linha lateral. O camisa 10 ganhou de Pedro Botelho na corrida e tocou para Robinho. O meia chutou torto e a bola ia para fora, se não fosse Geraldo bater de pé esquerdo, sem ângulo.

"O Robinho disse que me deu o passe, mas ele quis jogar no gol e consegui completar para garantir. Fiquei muito feliz de dar mais alegria para essa torcida que me acolheu tão bem", brincou o carrasco. "Quando eu for embora daqui, no dia que eu regressar, verei que essa história nunca vai se apagar. É para a vida toda", complementou o atacante.

Contra o Atlético, Geraldo tinha feito o gol dos títulos estaduais de 2010 e 2013, além do gol de empate no primeiro jogo final deste ano. O cartel do angolano ainda tem espaço para gols em outros jogos marcantes. Em 2010, fez o da vitória sobre o Sport (2 a 1) e o do título na Série B, no 2 a 2 com o Icasa. No ano seguinte, balançou a rede no 5 a 0 sobre o Iraty, que abriu a série de 24 vitórias, e no 6 a 0 sobre o Palmeiras, triunfo mais simbólico da sequência recorde. Fecham a conta de dez tentos pelo Coritiba os dois marcados contra o Nacional-AM, na Copa do Brasil deste ano.

Números expressivos, mas que ainda não bastaram para fazer dele titular. Geraldo começou apenas nove jogos. O décimo pode ser domingo que vem, contra o Santos, na Vila Belmiro. Marquinhos Santos indicou que o bom rendimento do clássico coloca o angolano à frente de Everton Costa na briga para suceder Rafinha, negociado com o Oriente Médio.

"As mudanças fizeram o time sair de trás. Com o Lincoln e o Geraldo conseguimos desenvolver melhor o jogo", comentou o treinador.

O gol não é o único argumento que o clássico deu a favor de Geraldo. Ele roubou bolas no campo de ataque e terminou a partida quase como um lateral-esquerdo, ajudando um machucado Diogo Goiano a marcar o lado direito do ataque de um Atlético superior mesmo no Alto da Glória.

O próximo encontro de Geraldo com seu adversário favorito será no primeiro fim de semana de outubro, na Vila Capanema. A caminhada rubro-negra até lá começa domingo que vem, contra o Corinthians. Será a estreia de Vagner Mancini no comando do Atlético em Curitiba.

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