Depois de antecipar a demissão do técnico Gilson Kleina após a derrota por 4 a 3 para a Chapecoense, quarta-feira (1.º), na Vila Capanema, pela 5.ª rodada do Brasileiro, o vice-presidente do Coritiba, José Fernando de Macedo, admitiu que, por causa da difícil situação financeira enfrentada pelo clube, o principal objetivo alviverde na competição é o de evitar o rebaixamento.
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“Temos de pagar as contas. A torcida tem de entender que estamos formatando o Coritiba para os anos futuros. Nós não podemos é cair. Temos de lutar para manter o plantel para que ano que vem a gente possa respirar com mais dinheiro”, disse Macedo.
Segundo o cartola, a delicada situação financeira enfrentada pelo Coxa impede que o clube consiga trazer jogadores com salários mais expressivos. “Estamos fazendo das tripas coração para montar um time competitivo. Não é culpa nossa, é da falta de dinheiro”, reforça Macedo, que pediu ainda a confiança da torcida neste delicado momento.
“Me perdoe, torcedor coxa-branca, mas se você tiver um pouquinho de bom senso você vai apoiar essa diretoria. Vamos formatar o Coritiba do futuro, não para fazer dívidas e daqui uns anos ver o clube quebrado devendo milhões. Estamos pagando contas. Pagamos quase 17% das dívidas que assumimos”, prosseguiu.
Apesar de insistir no tema da falta de dinheiro, o diretor garante que o clube segue atrás de reforços para a sequência da Série A. Macedo chegou a citar o meia Renato Cajá, que foi sondado pelo clube, mas acabou acertando com o Bahia para a disputa da Série B. “Fizemos uma proposta mas o empresário [do jogador] preferiu os R$ 300 mil [de salários oferecidos] pelo Bahia. Não podíamos trazê-lo por esse valor quando temos vários jogadores no plantel ganhando uma média que não ultrapassa R$ 130 mil”, desabafou.
O vice-presidente cumpriu a função de falar pela diretoria do Coxa após o revés para a Chape e a saída de Kleina. Isto porque o presidente Rogério Bacellar estava em Brasília, em viagem pelo clube, e retorna somente nesta quinta-feira (2). Após a derrota para os catarinenses, a torcida alviverde não poupou críticas a Bacellar e pediu a saída do mandatário do cargo aos gritos de “fora, Bacellar”.
Rafinha
Macedo ainda falou sobre a situação do meia Rafinha. O jogador de 32 anos, que defendeu o Coritiba entre 2010 e 2013, está no Al-Shabab, da Arábia Saudita. Novamente, o dirigente atrelou a dificuldade da vinda do meia à delicada situação financeira vivida pelo Coxa. “Ele sabe das nossas condições financeiras. Se ele estiver em boas condições físicas, poderia ser contratado, mas ganhando a base salarial do nosso elenco”, reforça.
O Coritiba tem uma dívida de R$ 1 milhão com o meia, referente a quatro meses de salários atrasados, direitos de imagens e uma porcentagem da negociação do jogador com o Al Shabab, quando o meia foi vendido em 2013 pelo Alviverde. “Essa dívida tem de ser renegociada à parte”, disse Macedo.
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