A tentativa de um grupo de torcedores de invadir o vestiário do Coritiba no último domingo (25), após a derrota para o São Paulo que manteve o time na ZR, ligou o sinal de alerta nas polícias Civil e Militar.
Para evitar que incidentes maiores aconteçam se o Coxa não conseguir se recuperar na tabela, como o quebra-quebra no Couto Pereira na partida que o time foi rebaixado em 2009, o setor de inteligência das duas polícias está monitorando integrantes da torcida que possam causar distúrbios.
“Nós já estávamos monitorando essa situação. Mas o sinal de alerta ligou mesmo nesta derrota para o São Paulo, pela possibilidade de termos problemas se o Coritiba continuar mal no campeonato”, comenta o delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe). Na última rodada do Brasileiro, o Coritiba recebe o Vasco no Couto, com possibilidade de ser a última chance de ambas as equipes de fugirem da queda.
Sobre a confusão de domingo, Galvão afirma que nenhuma queixa foi prestada por parte do Coritiba à Polícia Civil. “Ficamos no estádio até às 20 horas eu, o juiz e o promotor de plantão esperando que a segurança ou a PM levasse alguém, mas ninguém foi preso e a diretoria do Coxa disse que havia resolvido o problema”, argumenta o delegado.
Segunda-feira (26), um dia após a confusão, a diretoria do Coritiba elogiou o trabalho dos seguranças, que, segundo o clube, evitaram um mal ainda pior. A confusão terminou com o trinco de uma porta quebrado e um carro apedrejado. O veículo danificado é de um roupeiro alviverde.
O Coritiba informou que vai se responsabilizar pelo prejuízo e tentará identificar os responsáveis pelo estrago por meio das câmeras de segurança do Couto Pereira. Além disso, o Alviverde deve dar uma atenção especial para a segurança na parte externa do estádio, incluindo um pedido de auxílio para a Polícia Militar, mas sem necessariamente um aumento do contingente de seguranças particulares.
Espancamento
A Demafe vai ouvir o rapaz espancado domingo (25) por torcedores do Coritiba no bairro Parolim, antes do jogo com o São Paulo. Segundo relato da Guarda Municipal, cerca de 30 torcedores alviverdes agrediram um rapaz perto de um posto de combustíveis na Avenida Wenceslau Braz, onde a vítima foi socorrida por uma equipe do Siate. O rapaz foi encaminhado ao Hospital Cajuru, de onde teve alta na segunda-feira.
Ainda de acordo com a Guarda Municipal, os torcedores aguardavam o ônibus para ir ao Couto Pereira, quando teriam sido atingidos por uma pedra. Depois de provocações, os torcedores começaram a agressão. “A Polícia Civil vai ouvir a vítima para saber o que aconteceu”, afirma Galvão.
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