Jogo-treino
Os atletas que não têm tido oportunidades no time titular do Coritiba vão participar de um jogo-treino contra o Paraná hoje no CT da Graciosa. A ideia do treinador Marquinhos Santos é a de observar os jogadores em situações de jogo para avaliá-los e contar com eles na sequência do Estadual. Já quem atuou diante do Londrina no domingo deve realizar apenas atividades regenerativas na academia.
Não foi só a vaga na final do Paranaense que o Coritiba conquistou no último domingo ao bater o Londrina, mas também a possibilidade de encurtar o campeonato caso também leve o segundo turno. Título antecipado que proporcionaria uma "folga" de duas semanas entre o Estadual e o início do Brasileirão, quase uma intertemporada que seria muito bem-vinda no Alto da Glória.
Desde o final do ano passado, quando o Alviverde começou a projetar 2013, o objetivo era o tetracampeonato local e, de preferência, que fosse alcançado sem final. Os benefícios ao cumprir esse enredo são vários, como um período, mesmo que pequeno, para recuperar jogadores desgastados com a quantidade de jogos no primeiro quadrimestre do ano, e também um tempo para avaliar o elenco e decidir se há a necessidade de se lançar ao mercado.
Por isso mesmo a conquista do primeiro turno não vai alterar em nada o planejamento do clube dentro de campo, mesmo que em algum momento isso possa transparecer para a torcida, já que está previsto um novo rodízio de atletas ao longo da metade final do Estadual. Muito disso em razão da estreia do Coritiba na Copa do Brasil contra o Centro Sportivo Paraibano (CSP) entre a sétima e a oitava rodadas se tiver o jogo de volta, será entre a nona e décima.
"Não é o resultado que vai induzir mudanças", comentou o superintendente de futebol, Felipe Ximenes. "Ter 24 datas ou 22 [se não tiver final] não só dá a possibilidade, como praticamente obriga a ter um número grande de jogadores em campo. Qualquer ajuste ao longo da temporada se dará de acordo com o que a temporada for mostrando", completou.
A meta de levar o tetra algo que o Coxa conquistou apenas uma vez, na década de 70 não deixa a pressão de lado na segunda metade. Pelo contrário, aumenta a responsabilidade e a necessidade sobre os jogadores para que se feche a fatura o mais rápido possível.
"A tranquilidade dura até a próxima partida, é pressão o tempo inteiro no futebol profissional. Demos um passo importante que nos garante na final do Paranaense, mas domingo já temos de pensar no Operário. Vivemos num país onde a cultura é feita com julgamentos de uma a duas vezes por semana", opinou Ximenes.