As imagens de selvageria que rodaram o mundo entre a torcida do Atlético e Vasco não foram exclusividade da Arena Joinville no último domingo. Em Itu, no interior paulista, onde o Coritiba conseguiu evitar o rebaixamento com vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, também houve confusão entre as torcidas organizadas.
No fim do jogo, a torcida do São Paulo deu a volta no Estádio Novelli Júnior para esperar a saída dos torcedores do Coritiba e atacá-los. Houve confusão generalizada, com pedras e paus sendo atirados. Uma pedra com quase meio quilo quebrou um dos vidros do carro do torcedor alviverde Oscarlino Cunha de Azevedo Filho, 52 anos, que foi a Itu com o filho de 18 anos e um amigo. Além do vidro quebrado, ele teve uma mochila roubada do veículo durante a confusão.
"Foi uma coisa assustadora. Tinha criança em pânico, muita correria e a gente não tinha para onde fugir", conta Azevedo. "Tenho cinco planos de sócios na minha família. Vou cancelar todos porque não quero mais voltar aos estádios enquanto essa gente estiver lá", afirma o torcedor, que já não leva os filhos mais novos de 6 e 2 anos justamente pela falta de segurança.
Houve torcedores feridos no confronto. Três deles foram atendidos por uma ambulância com sangramentos na cabeça.
"O quebra-quebra só não foi maior, com mais feridos, porque a polícia agiu rápido. Senão, seria pior", afirma o comerciante Claudio Reus, 52 anos, que também estava no jogo em Itu.
Integrantes da torcida organizada do Coritiba, Império Alviverde, foram responsáveis por um dos mais graves casos de violência nos estádios brasileiros, quando o gramado do Estádio Couto Pereira foi invadido após o rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro de 2009.
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