No início da tarde desta quarta-feira (12), a torcida organizada Império Alviverde, do Coritiba, depositou R$ 4 mil para o proprietário da Lanchonete Bengala, em Londrina, vítima de um arrastão promovido por integrantes da torcida no último domingo.
O valor foi apresentado em nota pelo dono do estabelecimento, Zaqueu Oliveira, ao presidente da Império, Reimackler Graboski, na noite de terça-feira (11), durante uma tentativa de negociação.
Segundo Oliveira, Graboski disse inicialmente que poderia bancar metade do valor apresentado na nota, mas o dono da lanchonete não aceitou a proposta. Em entrevista à RPC TV na noite de terça-feira (11), o presidente da Alviverde disse reconhecer o erro e estar com vergonha da atitude de certos torcedores. "Mas esse valor, mais de R$ 4 mil, é muito alto. Não bate com as nossas contas", justificou.
Após voltar para Curitiba, o presidente da torcida organizada ligou para Oliveira e apresentou uma nova proposta no valor de R$ 3 mil, mas, novamente, Oliveira não aceitou. "Eu disse para ele que ou eles pagavam o prejuízo todo ou eu iria entrar na Justiça. Além do dinheiro, iria alegar danos morais", contou.
Após a ameaça, Oliveira afirma que a Torcida Império Alviverde depositou o valor exato apresentado na nota.
Oliveira alegou que além de marmitas e bebidas, os torcedores levaram pelo menos uma dezena de caixas de sorvetes, cada uma com 30 picolés. O prejuízo, somente em sorvete, seria superior a R$ 1,5 mil.
"Da minha parte está tudo resolvido porque eles pagaram o que me deviam. O problema foi o desgaste que a gente sofreu nesses últimos dias. Minha mulher até perdeu o sono pensando em como a gente iria pagar a conta", declarou.
Zaqueu Oliveira afirma que apesar do incidente com a Torcida Império Alviverde seu estabelecimento continuará a receber torcidas organizadas e equipes esportivas.
"A lanchonete fica em um ponto estratégico [trevo do distrito de Lerroville, na PR-445] para quem viaja para competir ou acompanhar jogos pelo Paraná. Não posso impedir a vinda dessas pessoas porque eu vivo disso", justificou.