A Gazeta do Povo teve acesso às conversas que deflagraram a crise institucional no Coritiba. Após o vazamento das mensagens no âmbito interno do clube, o presidente Rogério Bacellar declarou que se integrantes da diretoria fossem funcionários, não eleitos, estariam demitidos. Reunião na noite desta segunda-feira (31) do Conselho Deliberativo deve tratar do tema.
A reportagem ouviu um dos envolvidos, Carlos Eduardo Vianna, vice-presidente do conselho deliberativo do Alviverde. Cadu, como é conhecido e chamado nas conversas, confirmou a veracidade do material, mas alegou: “Muitas coisas estão fora de contexto e editadas. Faltam trechos dos diálogos”. O coxa-branca disse ainda que está procurando um advogado para tratar do vazamento das conversas.
Quem aparece nas conversas
Carlos Eduardo Vianna (Cadu Coxa) –vice-presidente do conselho deliberativo.
André Macias (Macias) – vice-presidente, membro do G5.
Christian Gaziri – diretor de patrimônio e conselheiro vitalício.
Marcelo Molinari – ex-membro da mesa do Conselho Deliberativo.
Adriano Rattmann – diretor de comunicação.
Arthur Klas – conselheiro e diretor institucional.
Pierre Boulos – vice-presidente, membro do G5.
Elenco, agressão e renúncias
Um dos vice-presidentes do Coritiba, André Macias fala em agredir quem contratou alguns jogadores. Dirigente cita Wellington Paulista, Givanildo, Negueba, Rodolfo, João Paulo, Marcos Aurélio, Cáceres, Pedro Ken e Mazinho. Na resposta, o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Eduardo Vianna, escreve “não agrido idosos”, referência a Ernesto Pedroso, responsável pela montagem do elenco. Macias fala que deveria bater, então, em André Mazzuco (o superintendente de futebol).
Na imagem seguinte (à direita), grupo comemora a queda de dirigentes. O diretor de patrimônio e conselheiro vitalício, Christian Gaziri, fala que derrubaram “2 gatões em uma cajadada só”, referindo-se a Ernesto Pedroso e Gilberto Griebler. Este último não deixou o clube, ao contrário do que o grupo imaginou.
Conspiração
Abaixo, o grupo debate uma estratégia para derrubar Ernesto Pedroso.
Presidente fala?
O então diretor de comunicação Adriano Rattmann, demitido após o vazamento das conversas, escreve que o presidente “não sabe falar”, ao ser questionado sobre uma possível entrevista para explicar a saída de Ernesto Pedroso e Gilberto Griebler. Este último, posteriormente, negou a saída do clube.
Guerra e ofensas
No dia em que Ricardo Guerra (chamado de “Laranjinha” pelos colegas) renunciou ao cargo de vice-presidente, assim como foi anunciado o pedido de demissão de João Paulo Medina do cargo de CEO de futebol, os ‘Indomáveis’ proferiram ofensas à dupla. Sobra até para o Conselheiro Luiz Lima (Spedini) e o presidente do Conselho Fiscal, Paulo Baggio. Na imagem seguinte, o tratamento ofensivo dado a Ernesto Pedroso. O ex-dirigente era chamado de TT (treme-treme),em referência ao fato de ter Mal de Parkinson.