A permanência do Coritiba na Série A do Brasileirão passou pelos pés e mãos de alguns nomes importantes do elenco e também por um velho conhecido e ídolo da torcida. O goleiro Wilson e o atacante Henrique Almeida tiveram papel fundamental dentro de campo. No comando do time, Pachequinho - que deveria ser apenas um técnico interino - liderou a reação do time na reta final da competição.
TABELA: veja como ficou a classificação final da Série A
Veja mais sobre os destaques coxas-brancas.
Henrique Almeida
O maior destaque da campanha do Coxa foi o atacante Henrique Almeida. Contratado a pedido do ex-técnico Ney Franco, com quem foi campeão mundial sub-20 em 2011, o atacante chegou em julho, emprestado pelo Botafogo, e não demorou para cair nas graças da torcida. O avante entrou no time na 16.ª rodada da competição e, com 12 gols em 20 jogos, tornou-se artilheiro e referência ofensiva da equipe.
A boa presença de área, a qualidade na finalização e o oportunismo demonstrados com a camisa alviverde renderam ao jogador o interesse em uma possível renovação com o clube, já que seu contrato termina no fim de 2015, mas o sonho alviverde em contar com o jogador no próximo ano parece cada vez mais distante.
Além do técnico do Botafogo, Ricardo Gomes, ter reiterado sua estima pelo jogador nos últimos dias, o que abre a possibilidade de seu retorno ao Alvinegro, a boa fase do artilheiro rende também especulações de possíveis transferências. O atacante pode acabar envolvido em uma troca, já que o Botafogo deseja manter o atacante Neilton, que pertence ao Cruzeiro, em seu elenco, e o clube mineiro foi um dos que demonstrou interesse em contar com Henrique Almeida em 2016.
Wilson
Se Henrique é o destaque ofensivo, na defesa quem garantiu pontos primordiais para a salvação alviverde foi o goleiro Wilson. O jogador chegou pouco antes do atacante no Alto da Glória, em junho, e fez jus à expectativa criada sobre sua contratação.
Destaque do Brasileirão de 2014 com o Vitória, Wilson perdeu a condição de titular no time baiano em 2015 e acabou se transferindo para o Coritiba. O camisa 84 fez 27 partidas pelo clube no campeonato, o que o deixa longe dos líderes em defesas da competição, mas com uma média comparável ao terceiro melhor goleiro do Brasileirão no quesito, Diego Cavalieri, do Fluminense, com cerca de 2,6 intervenções por jogo.
A segurança e a experiência de Wilson ajudaram a dar suporte à defesa alviverde, formada em sua maioria por jogadores novos, como o caso da dupla de zaga Juninho e Walisson Maia.
Pachequinho
A promoção de Pachequinho ao comando alviverde, antes do confronto com o Corinthians, com apenas cinco rodadas restando na competição, reacendeu a esperança de salvação da equipe.
O Coritiba chegou a ficar sete partidas sem vencer sob o comando de Ney Franco e, após dois tropeços seguidos em casa, a demissão do então treinador levou o ex-atacante alviverde ao comando do time. Sem tempo para treinar, Pachequinho manteve a base de trabalho deixada pelo antecessor mas promoveu, principalmente, uma mudança de atitude dos jogadores.
A postura passiva vista no time de Ney foi trocada pela raça e pela vontade sob o comando de Pachequinho, o que ajudou o clube a conquistar as vitórias decisivas para a salvação alviverde.