O avião que transporta o corpo do atacante Christian Benítez deixou o Catar rumo ao Equador nesta quinta-feira (1.º/8), três dias depois de o jogador ter morrido de forma súbita, em episódio que causou grande comoção ao povo equatoriano e foi o mais recente capítulo das mortes trágicas no futebol.
O caixão, coberto com flores e uma enorme foto do atleta de 27 anos, foi transportado ao lado da esposa de Benítez, Liseth Chalá, e de outros familiares. Dirigentes do clube catariano El Jaish, que havia acabado de contratar o atacante e pelo qual o equatoriano estreou no último domingo, também foram ao aeroporto de Doha e voltaram a lamentar a morte.
"Queremos dar nossas maiores condolências à família do falecido, e também ao clube El Jaish e todos os seus fãs equatorianos", afirmou o vice-diretor da liga de futebol do Catar, Hani Ballan. "Benítez era um dos melhores e mais famosos jogadores", completou.
O equatoriano foi contratado em julho pelo El Jaish, depois de realizar mais uma temporada de destaque pelo América do México. E, depois de ter estreado no domingo, morreu no dia seguinte após apresentar um quadro de insuficiência cardíaca - como revelou o clube catariano na quarta-feira, após receber os relatórios médicos.
Antes disso, o médico chefe da seleção equatoriana, Luis Chiriboga, disse que o atacante foi levado a um hospital de Doha com dores de estômago agudas, desenvolveu peritonite e morreu de parada cardiorrespiratória.
Benítez foi submetido a exames médicos no El Jaish no dia 4 de julho, para poder assinar contrato, e foi aprovado nos mesmos. No domingo, ele não se queixou de nenhum problema de saúde após atuar durante apenas dez minutos em seu jogo de estreia pelo time.
"Não acho que tenha sido outra coisa que não uma parada cardíaca, e uma parada cardíaca pode acontecer em qualquer momento, a uma pessoa saudável ou não saudável, e sabemos que ele era uma pessoa muito saudável, forte. Simplesmente foi um infarto", disse Nasser Mohammad al-Ali, vice-diretor do El Jaish.
O funeral do jogador está previsto para começar ainda nesta quinta-feira, em Quito, onde diversas homenagens serão feitas ao atacante, que, além de defender o América do México, também atuou pelo El Nacional-EQU e vestiu as camisas do mexicano Santos Laguna e do Birmingham, da Inglaterra.
Conhecido como "Chucho" em seu país, Benítez atravessava grande fase na carreira e era um dos pilares da seleção equatoriana que luta para se classificar à Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Ele deixou três filhos, sendo duas meninas e um menino, e marcou 24 gols em 58 partidas pelo Equador. Pelo América, acumulou 52 gols em 79 jogos.
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