Depois de alto lucro com Copa no Brasil, Fifa já vê prejuízos para 2018.| Foto: Arnd Wiergmann/Reuters

A Fifa acumula um prejuízo milionário de US$ 103 milhões diante do pior escândalo de corrupção na entidade e, para a Copa de 2018, o buraco no orçamento chega a US$ 1 bilhão (R$ 3,8 bilhões). Fontes em Zurique confirmaram que o escândalo de corrupção que assolou a entidade máxima do futebol está tendo uma forte repercussão nas contas da Fifa.

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A crise financeira da entidade, a primeira em 14 anos, marca uma reviravolta na situação da Fifa. Com a Copa de 2014 no Brasil, o organismo máximo do futebol havia atingido seu auge financeiro, com lucros e uma renda recorde de US$ 5,7 bilhões.

Mas a prisão de cartolas em maio deste ano mudou tudo. Nesta quarta-feira, ao apresentar os números aos executivos, o departamento financeiro da Fifa indicou que a queda da renda ocorreu por causa da fuga de patrocinadores, que hesitam em assinar qualquer tipo de acordo comercial com a entidade. Mas os problemas financeiros também vêm dos custos legais diante da contratação de advogados para defender alguns dos principais cartolas, entre eles Joseph Blatter, que cumpre suspensão de 90 dias por um pagamento suspeito de US$ 2 milhões feito a Michel Platini, em 2011. Platini, presidente da Uefa, também cumpre o mesmo período de suspensão por seu envolvimento neste caso que está sendo investigado pelo Comitê de Ética da Fifa.

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Escândalos levam Fifa a registrar primeiro prejuízo financeiro em 14 anos

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Até mesmo a Copa de 2018 acabou afetada. Para o orçamento para o evento, que se estima em US$ 5 bilhões, cerca de 20% não conseguiram ser arrecadados. O valor do prejuízo chega a ser de US$ 1 bilhão em receitas. Para fontes em Zurique, a Fifa deu sinais de que esse valor pode ainda ser recuperado nos próximos três anos. Pelo menos três multinacionais estariam dispostas a assinar um acordo com a entidade. Mas querem garantias de que as reformas vão ocorrer.

Em uma carta, os patrocinadores voltaram a alertar que a reforma precisa ocorrer e que as mudanças precisam ser monitoradas de forma independente. “A crise é muito profunda e precisamos tratar dela com humildade”, disse Michel D’Hooghe, um dos membros do Comitê Executivo da Fifa. Para reverter a crise financeira, os executivos sabem que precisam aprovar uma reforma da entidade ainda nesta semana, dando novas regras, limites de mandatos e transparência.