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Para Tite, enfrentar um combalido São Paulo, que não vence há 11 jogos e perdeu os últimos oito, não é bom para o Corinthians. E ele explica: "Em clássicos, as responsabilidades têm de ser divididas. Do jeito que está, é o Corinthians que tem de marcar os gols, buscar o jogo. Pende muito para o nosso lado. Isso não é bom. Tem de saber jogar com essa pressão."

Apesar da empolgação da torcida (até o fim da tarde de sexta 29 mil ingressos já haviam sido vendidos), o treinador rechaça o favoritismo para o clássico de domingo (28), no Pacaembu. "Nosso time pode até estar em um melhor momento, mas isso não é determinante."

Para justificar a sua preocupação, Tite lembrou a partida contra o Palmeiras pela primeira fase do Campeonato Paulista de 2011. O time acabara de ser eliminado precocemente da Libertadores pelo Tolima, o time estava desfalcado e a sua cabeça estava a prêmio. Mesmo diante de tantas adversidades, o Corinthians venceu por 1 a 0, gol de Alessandro. "Está aí a prova de que em um clássico as forças se equilibram. A grandeza dos dois clubes prevalece nesse aspecto."

O principal objetivo do treinador é fazer a sua equipe voltar a jogar bem o mais rápido possível. A campanha no Campeonato Brasileiro é muito irregular. O time somou dez pontos em oito rodadas e ocupa a incômoda 13ª posição. Em caso de derrota, será ultrapassado pelo São Paulo - que tem oito pontos e dois jogos a mais.

"Sei que o G4 está longe, mas nesse momento temos de chegar pelo menos no G8. O adversário está com problema, como qualquer time grande tem, mas precisamos pensar no nosso trabalho e na recuperação."

O Corinthians tem o segundo pior ataque do Brasileirão, com apenas seis gols. A equipe só está à frente do lanterna Náutico, que balançou as redes quatro vezes.

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