A sede da AFA (Associação Argentina de Futebol) teve que ser evacuada na manhã desta segunda-feira (27) por causa de uma ameaça de bomba. A informação foi divulgada pelos jornais “Olé” e “La Nacion”.
De acordo com os dois jornais, a polícia faz uma varredura na sede da entidade. Até o momento, nenhum explosivo foi encontrado.
A ameaça de bomba vem em um momento de crise profunda no futebol argentino.
No domingo (26), a Argentina foi derrotada pelo Chile por 4 a 2, nos pênaltis, após empate por 0 a 0, na decisão da Copa América Centenário. Messi, que errou uma cobrança na disputa, anunciou logo após a partida que não atuará mais pela seleção.
Fora de campo, a situação é ainda pior. Na última sexta (23), a Fifa anunciou uma intervenção na AFA e a criação de uma comissão, que terá até sete membros, para comandar a associação e convocar uma eleição até junho de 2017.
A Fifa explicou que tomou a atitude porque identificou problemas nas contas da sua filiada em contratos fechados com o governo local para a transmissão de jogos do Campeonato Argentino e outros projetos -pode ter acontecido desvio de dinheiro público.
No mesmo dia, porém, a juíza María Servini de Cubría notificou a AFA de que não é necessário seguir a ordem da Fifa e que a Justiça tentará um acordo entre a associação e o governo, que no fim de maio também tentou intervir na entidade alegando problemas administrativos e financeiros.
O novo governo argentino, de Mauricio Macri, que já presidiu o Boca Juniors, time mais popular do país, e assumiu o país em dezembro de 2015, disse também ter encontrado problemas nos contratos entre a AFA e o governo, fechados na gestão anterior de Cristina Kirchner.
O problema é que a Fifa não aceita intervenção governamental em suas associações, como pretende fazer Macri, por isso acionou seu novo Comitê Executivo, chamado de Conselho, para a criação da comissão que tomaria conta da AFA.
Enquanto nada é efetivamente decidido, a presidência continua com Luis Segura, que comandou por anos o Argentinos Juniors, clube conhecido por ter revelado o craque Diego Maradona, e que foi braço-direito nos últimos anos de Júlio Grondona na presidência da AFA.
Grondona chefiou o futebol argentino por 35 anos, entre 1979 e 2014, quando morreu, em julho. Ele estava envolvido, segundo acusação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, no caso de recebimento de propinas que levou dezenas de cartolas sul-americanos à prisão, a partir de maio de 2015.
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