O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve decidir em 30 dias sobre o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de irregularidades no futebol, após o escândalo que levou à prisão de altos dirigentes da Fifa, entre eles o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.
O pedido de criação da CPI na Câmara foi feito pelo deputado João Derly (PCdoB-RS), que também é ex-campeão mundial de judô. No entanto, existem outros dez pedidos de criação de CPIs na Câmara e só cinco comissões deste tipo podem atuar simultaneamente na Casa, segundo a Agência Câmara.
Se na Câmara a CPI do futebol pode ter de esperar, no Senado o requerimento de criação da comissão feito pelo senador Romário (PSB-RJ), campeão do mundo com a seleção brasileira em 1994, já foi lido em plenário e a CPI aguarda apenas a nomeação dos integrantes pelos líderes partidários para ser instalada.
Romário se reuniu nesta segunda-feira com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e obteve dele o compromisso de cooperar com a CPI.
“Janot está alinhado em pensamento com o que propõe a CPI do Futebol, que é a hora de fazer uma limpeza, de moralizar o esporte. Por isso, ele colocou o órgão à inteira disposição da comissão de inquérito”, disse Romário após o encontro, segundo sua assessoria.
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