Dagoberto quando ainda era uma promessa no Atlético e Kléber Gladiador já como um ponto de interrogação no Coritiba.| Foto: Valterci Santos/Arquivo/ Gazeta do Povo e Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Justificáveis ou não, os altos salários oferecidos a jogadores brasileiros para jogar na Europa costumam vitimar o futebol doméstico. A ânsia pela resposta costuma provocar movimentos estabanados no futebol nacional. Uma lista dos jogadores mais supervalorizados e subvalorizados dos últimos anos, elaborada pelo jornal inglês Telegraph, coloca em evidência as distorções entre valores de contratos e produção em campo no futebol mais rico do mundo, é fato que no Brasil também se ofereceu muito dinheiro a apostas que nem sempre justificaram o investimento. Proliferam os casos de eternas apostas que, mesmo sem produzir em campo, seguiam disputadas à base de altos salários no mercado.

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Veja abaixo alguns casos de jogadores supervalorizados no futebol brasileiro.

1 - Valdívia

El Mago Valdívia: palmeirenses passaram mais tempo esperando ele voltar de lesões do que comemorando seus dribles. 
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Há uma coleção de grandes jogadas dele para montar clipes de melhores momentos. Quase sempre que jogou, o fez com qualidade. O difícil foi vê-lo em campo com frequência nos últimso anos. Somente agora, com o fim de seu compromisso com o Palmeiras, o valor de mercado ameaça cair.

2 - Kléber Gladiador

Kléber: menos de um jogo completo e salário congelado até voltar a jogar pelo Coritiba. 

Não é justo dizer que sua carreira foi feita de fracassos. Mas a segunda metade de sua carreira tem mais polêmicas do que gols, mais ausências e expectativa do que grandes campanhas. Que o diga a torcida do Coritiba, que o viu jogar menos de 60 minutos e estacionar no departamento médico, onde está há mais de um mês – pelo menos decidiu abrir mão do salário enquanto não volta a jogar.

3 - Luiz Alberto

Luiz Alberto teve bons momentos no Atlético, mas falhou ao tentar passar tranquilidade ao time na final da Copa do Brasil de 2013. 

É provável que parte dos salários que recebeu nos clubes por onde passou tenha a ver com a contribuição a treinadores nas preleções e orientações táticas. Chamava mais atenção nas entrevistas pós-jogo, ao analisar a partida, do que propriamente com a segurança transmitida à torcida.

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4 - Montillo

Montillo decolou bem no Brasil, mas depois não conseguiu manter-se regular. 

Fez furor ao eliminar o Flamengo na Libertadores de 2010 e, no primeiro ano de Cruzeiro, justificou o investimento. Depois, foi uma expectativa não realizada no restante da passagem pelo clube mineiro, não decolou no Santos e hoje é muito bem pago na China.

5 - Dagoberto

Dagoberto pelo São Paulo, contra o Atlético: bons momentos no clube paulista não bastaram para cumprir a expectativa em torno do seu futebol. 

Ascensão interrompida por lesão no Atlético, com direito a longa briga judicial com o clube e com Mario Celso Petraglia, voltou a viver bom momento no São Paulo, até perder espaço. Desde então, jamais se firmou como titular absoluto, seja no Internacional, seja no forte Cruzeiro bicampeão brasileiro. No Vasco, luta contra um estado físico distante do ideal. No início do ano, o Coritiba preteriu ele para trazer Wellington Paulista.

6 - André Santos

André Santos saiu do Flamengo para o futebol indiano. 
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Sua carreira é um antes e depois da passagem pelo Corinthians, encerrada em 2009. Seu status o levou à seleção brasileira e ao Arsenal. Passou a ser difícil entender as razões da valorização. O futebol tornou-se tão ausente quanto a sua participação defensiva nos jogos. Foi mal no Flamengo antes de descer alguns degraus: o futebol indiano e o Botafogo de Ribeirão Preto.

7 - Leandro Damião

Leandro Damião despontou no Inter e chegou à seleção com gols e carretilhas. Depois... 

A escalada que levou um jogador formado na várzea à seleção brasileira impressionou pela rapidez. Bastou a primeira transferência milionária, envolvendo o Santos e um fundo de investimento, para que realmente parecesse um jogador sem fundamentos. De joia transformou-se em mico. Está emprestado ao Cruzeiro. Resta ao Santos uma conta alta a acertar.

8 - Paulo Henrique Ganso

Paulo Henrique Ganso: um dos maiores mistérios (e frustrações) do futebol brasileiro atual. 

O eterno mistério do futebol brasileiro. Exibe talento, mas os jogos que decide são cada vez mais esparsos. Mesmo assim, o São Paulo pagou quase R$ 24 milhões ao Santos pelo camisa 10. Desde a discretíssima passagem pelos Jogos Olímpicos de Londres, não consegue se firmar novamente na seleção brasileira.

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9 - Carlos Eduardo

Carlos Eduardo chegou a peso de ouro no Flamengo, mas nunca justificou o alto salário. 

Contratado como o sonhado camisa 10 do Flamengo, jamais conseguiu justificar os salários próximos dos R$ 6 milhões anuais. Revelação do Grêmio, foi para o futebol russo. Após lesões no joelho, nunca mais voltou a reencontrar o futebol. Vive eterna busca pelo reencontro com seu melhor jogo.

10 - Martinuccio

Martinuccio passou pelo Coritiba em 2014, mas perdeu espaço quando o time mais precisava de vitórias para não cair. 

Após o vice-campeonato da Libertadores com o Peñarol, o argentino chegou ao Fluminense cercado de expectativa. Fez apenas um gol na primeira temporada e, em seguida, enfileirou empréstimos: o espanhol Villarreal, Cruzeiro e Coritiba o receberam. Agora, foi liberado pelo tricolor e procura clube.

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