O departamento jurídico do Corinthians acredita que a suspensão do patrocínio da Caixa Econômica Federal só vai se resolver no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Essa decisão, calcula o clube, pode levar mais dois meses para ocorrer.
Segundo os dirigentes corintianos, é o departamento jurídico da Caixa que está cuidando do caso. Até o fim desta semana, o banco deve depositar em juízo, pelo segundo mês consecutivo, mais uma parcela do valor acertado para o patrocínio da camisa alvinegra: R$ 2,5 milhões.
Como o problema pode se arrastar, o clube corre risco de ficar sem receber R$ 10 milhões - o contrato é de R$ 30 milhões por ano, pagos em parcelas mensais.
A suspensão do pagamento teve início depois que a 6.ª Vara Federal de Porto Alegre, em fevereiro, deu ganho de causa a uma ação popular movida pelo advogado gaúcho Antônio Beiriz, que considera o pagamento lesivo à União.
Em março, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região negou recurso do clube e manteve suspenso o patrocínio. É uma decisão provisória, de caráter de liminar e que ainda deve ser julgada em Porto Alegre, numa instância superior.
Mesmo assim, o diretor jurídico do Corinthians, Luiz Alberto Bussab, já pensa em uma esfera superior. "No Rio Grande do Sul não temos mais chances. Vamos levar o caso para Brasília (STJ)", avisou. A liminar, entretanto, não impede que a Caixa continue tendo sua marca exibida na camisa do clube.