O Atlético-MG voltou a sair em desvantagem em um duelo da Copa Libertadores na noite de quarta-feira. Como aconteceu na semifinal, o time brasileiro perdeu por 2 a 0 no jogo de ida, fora de casa, e saiu de campo abalado após sofrer o segundo gol do Olimpia, no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, aos 48 minutos da etapa final.
O primeiro gol dos paraguaios foi resultado de uma vacilada da defesa brasileira, ainda no primeiro tempo. No fim, quando o Atlético já contava com uma derrota por apenas um gol, Wilson Pittoni cobrou falta no ângulo e surpreendeu a torcida brasileira. O goleiro Victor acabou sendo atrapalhado pelo atacante Alecsandro, que surgiu na direção da bola, dentro da pequena área.
Para continuar sonhando com o título, o Atlético-MG precisará vencer a partida da volta por pelo menos dois gols de diferença, independentemente do saldo de gols, para levar o duelo para prorrogação e pênaltis. Na final da Libertadores, não há o critério de gol fora de casa para o desempate. Se a diferença for por três ou mais gols, o Atlético garante o troféu inédito.
A decisão está marcada para a próxima quarta-feira, dia 24, no Mineirão. A diretoria atleticana até tentou mandar o jogo no Independência, onde o time está invicto desde a reabertura do estádio, mas a Conmebol vetou. Em compensação, o Atlético não precisará entrar em campo no fim de semana. A CBF adiou a partida contra a Ponte Preta, pelo Brasileirão.
O primeiro jogo da final foi precedido de uma grande festa da torcida paraguaia. Lotada, a arquibancada exibia faixas, bandeiras gigantes e mosaicos (com "111 anos de glória" e "o rei quer a quarta [taça]"). Fogos de artifício completaram a preparação para o jogo. O festejo todo, porém, não intimidou os atleticanos.
Cauteloso, o Atlético valorizava a posse de bola e tentava conter o ímpeto do Olimpia, com sucesso. Apostando no contra-ataque, criava suas melhores chances pela direita. Marcos Rocha e Diego Tardelli mostravam bom entrosamento em investidas rápidas que deram trabalho para a defesa paraguaia.
Foram pelo menos três jogadas de maior perigo. Na primeira, logo aos 6 minutos, o atacante aproveitou furada da zaga para bater por cobertura. A bola morreu nas redes. Mas o árbitro anulou o lance, por impedimento. Aos 20, ele acertou a rede pelo lado de fora. E, aos 31, perdeu o ritmo da corrida e tirou o pé na dividida com o goleiro Martín Silva.
O Atlético era o melhor time em campo. Criava as chances mais perigosas, controlava as investidas do rival e parecia imune à pressão da torcida. Até que Alejandro Silva disparou pela direita, desviou pelo meio e cercou a área, diante da apatia da defesa atleticana, e bateu firme no canto. A bola ainda beliscou o pé da trave esquerda antes de entrar, aos 22.
O gol abalou os ânimos do Atlético. E os erros começaram a aparecer. Em uma saída de bola confusa, Leonardo Silva salvou e evitou o segundo gol dos anfitriões. Nervoso em campo, o time brasileiro viu os rivais ganharem confiança. Aos 36, Salgueiro bateu prensado da entrada da área e a bola, desviada, passou devagar rente à trave.
Cinco minutos depois, o mesmo Salgueiro desperdiçou grande chance ao avançar pela esquerda, entrar na área sem marcação e ficar cara a cara com Victor. Só não marcou o segundo porque demorou para finalizar e foi desarmado por Pierre. Perdido em campo, o Atlético já torcia pelo intervalo para a reorganização do time.
Passado o susto, os brasileiros voltaram melhor no segundo tempo. E Tardelli seguia carregando o time nas costas. Logo aos 3, investiu pela direita e bateu cruzado. Ronaldinho, na área, não alcançou. Foi uma das raras jogadas com a participação do experiente jogador. Antes, só havia aparecido em cobranças de falta na área.
Sem brilhar, como a torcida atleticana esperava, Ronaldinho acabou saindo do jogo aos 20, dando lugar a Guilherme, herói do time na semifinal. Cuca também colocou em campo Rosinei na vaga de Luan, que foi titular, ocupando posto do suspenso Bernard.
O Atlético passou a exibir maior presença no ataque e equilibrou as ações ofensivas. Na melhor chance do time no jogo, Guilherme descolou grande passe para Jô, que dominou dentro da área e bateu firme. Martín Silva evitou o empate com uma incrível defesa com o pé esquerdo, aos 32 minutos.
O time brasileiro, contudo, ainda levava sustos na defesa. O Olimpia teve duas grandes chances para ampliar a vantagem. Aos 29, Réver salvou ao cortar cruzamento antes da conclusão de Salgueiro na pequena área. Aos 37, duas chances em sequência. Ferreyra girou dentro da área e bateu para o gol. Leonardo Silva salvou e deu rebote. Bareiro, então, bateu para fora, com o gol aberto.
A insistência acabou sendo premiada nos segundos finais da partida. Aos 48 minutos, Wilson Pittoni, que teve passagem pelo Figueirense, bateu falta despretensiosa e acertou o ângulo. No lance, o atacante Alecsandro surgiu à frente de Victor e impediu a defesa do goleiro atleticano.
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