O último suspiro do Pinheirão completa dez anos no próximo sábado (11).
A partida entre J. Malucelli e Cianorte, válida pela última rodada da primeira fase do Paranaense de 2007, marcou, sem saber, a despedida do estádio.
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Menos de três meses depois da vitória do Leão do Vale do Ivaí por 2 a 1 naquele 11 de março, o complexo poliesportivo inaugurado em 1985 – e que nos sonhos da Federação Paranaense de Futebol (FPF) teria capacidade para receber 120 mil espectadores – fechou os portões.
DOCUMENTÁRIO: vídeo mostra os escombros do estádio
Para nunca mais abrir? O futuro da área de 124 mil metros quadrados está nas mãos do empresário gaúcho João Destro. Radicado em Cascavel, o gigante do setor atacadista arrematou o terreno no bairro Tarumã por R$ 57,5 milhões em leilão judicial realizado em junho de 2012.
Compra ‘por impulso’, conforme brincou o empresário na época, o Pinheirão segue como opção de dirigentes de futebol.
GALERIA: Veja imagens do que sobrou do Pinheirão
“O pessoal do Coritiba me procurou, o Belletti [diretor internacional] até me ligou, ele é de Cascavel, e prometi que na primeira oportunidade que estiver em Curitiba vamos conversar”, revela Destro, que é todo ouvidos para os planos do Coxa, mas garante que não imagina que o local abrigue novamente uma praça esportiva.
“Não tenho nenhuma intenção de fazer qualquer negociação. Não conheço o plano deles. A priori, sei que futebol não é um negócio que dá resultado econômico. É preciso cautela quando se fala de futebol... A diretoria [do Coritiba] é muito bem intencionada, mas tudo passa por investimento de alto vulto ou não viabiliza. Então hoje qualquer investimento que se imagine ali é na casa dos milhões de reais. Como vai fazer? Criar uma S.A., buscar dinheiro em fundos de investimento? É muito complicado”, afirma.
Procurado pela reportagem, o vice-presidente alviverde, Alceni Guerra, confirmou que o clube entrou em contato com Destro. O Pinheirão, no entanto, não é prioridade no projeto de um novo estádio, mas sim uma espécie de plano B.
Dos seis projetos apresentados ao Conselho Deliberativo no ano passado, dois são para o terreno do Tarumã.
“Em outubro do ano passado protocolamos na prefeitura um pedido de viabilidade para um novo estádio no Alto da Glória. Está andando bem, estamos aguardando a prefeitura. No passado negaram o pedido alegando questões de mobilidade urbana. E não dá para constituir fundo de investimento, contratar plano de viabilidade financeira, sem uma posição da prefeitura”, comenta Guerra, que evitou comentar sobre a reunião com Destro, que deve acontecer em aproximadamente duas semanas.
Enquanto isso, o estádio fechado só dá prejuízo ao novo dono. Além da manutenção e da segurança do local, o IPTU anual do Pinheirão custa cerca de R$ 500 mil. “Tiramos um pouco com aluguéis, mas não chega nem à metade da necessidade”, admite Destro, sem demonstrar pressa para dar um novo propósito à área que já foi palco de conquistas dos três principais times de Curitiba.
“O Paraná pode se orgulhar que essa área caiu na nossa mão. Somos empresários que investem no nosso estado, em coisas boas. Seja o que formos fazer, seja o projeto habitacional, comercial, de saúde ou esporte, será algo que orgulhe o estado”, enfatiza o empresário.
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