Muricy Ramalho não vai abrir mão de André neste domingo (27), quando o Santos enfrenta o Bragantino, às 19h30, em Bragança Paulista, pela terceira rodada do Paulistão. O atacante não faz gol desde outubro do ano passado. Seria até cômodo para o treinador tirá-lo do time, sob a argumento de que é necessário preservar o jogador, e escalar Miralles, que já marcou duas vezes na temporada. Mas ele avisou que não vai virar as costas para o titular do ataque santista.

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"Sou técnico de um time e não de um ou dois jogadores. Então, eu tenho de ter calma com relação ao momento de André. Temos o ano todo pela frente e não posso desistir do cara. Se cada um que não for bem eu desistir, estou perdido", argumentou Muricy.

Além de respeito pelo passado de André no próprio Santos, Muricy leva em consideração que o atacante tem se esforçado para melhorar. "Ele brigou bastante no último jogo, mas sabe que precisa fazer gols para permanecer no time e vai ter mais essa chance, enquanto os outros atacantes estão preparados e prontos para entrar. Miralles trabalha muito, tem entrado e marcado gol em todos os jogos e o dia que tiver a oportunidade de começar, vai estar muito bem", avaliou o técnico.

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O Bragantino começou o Paulistão, com o empate por 0 a 0 contra o Palmeiras no Pacaembu. E na segunda rodada, vencia o Linense por 2 a 0, mas permitiu que o adversário empatasse o jogo, com dois gols marcados nos quatro minutos finais. Neste domingo, como mandante e empurrado pela torcida, o time de Bragança Paulista vai ter que tomar a iniciativa e ir para cima do Santos dando a oportunidade para Muricy tentar a vitória nos contra-ataques.

Nesse tipo de jogo, é importante a presença de um atacante de referência para fazer a parede para os companheiros que chegam de trás com a bola ou para fazer o gol numa sobra. Será a chance para André apagar o fraco início de temporada.

Ao mesmo tempo em que tem de se esforçar para justificar a presença de André no time, Muricy está satisfeito com pelo menos três dos sete reforços que pediu e que já estrearam. Para ele, o volante Renê Júnior e os meias Cícero e Montillo acrescentaram qualidade à equipe do Santos.

O curioso é que uma das poucas restrições que o treinador fez quanto ao comportamento do time nos dois primeiros jogos no Paulistão - vitórias sobre São Bernardo e Botafogo - foi sobre a insistência de Neymar de voltar para o meio e tentar arrancar com a bola dominada para o ataque a todo momento.

"O que eu peço ao Neymar é para que no setor de transição ele toque mais simples e faça como no gol que fez contra o Botafogo. Começou a jogada, a bola foi trabalhada pelo Cícero, que infiltrou, deu o passe e ele fez o gol", disse Muricy. "O pensamento de Neymar ao pegar a bola é de atingir o adversário, ainda mais quando o cara o incomoda. Com a sua alta categoria, ganha muitas vezes na arrancada, mas também perde, e, quando isso acontece, sobrecarrega demais os nossa defesa. Tanto que Renê se destacou contra o Botafogo, mas teve trabalho para caramba", finalizou o técnico.

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