No dia seguinte à eliminação para o Santos, os jogadores do São Paulo não deram entrevistas, mas o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes condenou a postura da arbitragem na partida e as simulações de Neymar. Para o dirigente, o atacante está no direito de dar "saltos mortais" para ludibriar a arbitragem.
"Acho que a reclamação de enfeitar a falta vem desde os tempos do Charles Miller. O Pelé também era assim. Faz parte do futebol. Os jogadores têm seus momentos de ator e isso é válido. Mas o juiz tem obrigação de identificar isso. Mas se ele é boboca, então não poderia estar apitando", disse.
Quem comandou a partida no Morumbi foi Paulo César de Oliveira, antigo desafeto do São Paulo. Ele marcou um pênalti no primeiro minuto de partida, que os são-paulinos reclamam, deu cartões amarelos para Piris e Cícero em uma jogada que, para o dirigente nem falta foi. "O Piris foi vítima no momento do cartão amarelo pois foi na bola", explicou João Paulo.
Muitos no Morumbi entendem que o jogador do Santos, que reclamava de ser caçado em campo, passou a ser protegido da arbitragem e agora qualquer lance com ele é falta. "Eu não condeno o Neymar, eu vi o jogo do Santos na Bolívia e bateram bastante nele. Entendo que ele tem o direito de dar saltos mortais", afirmou, garantindo que o São Paulo não fez rodízio de faltas no rival. "Não lembro de nenhum lance forte no Neymar no clássico de domingo."