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Domenico Scala, o auditor escolhido para conduzir o período de transição da Fifa. | Alexandre Schneider/Getty Images
Domenico Scala, o auditor escolhido para conduzir o período de transição da Fifa.| Foto: Alexandre Schneider/Getty Images

O auditor da Fifa que conduz o processo eleitoral da entidade, Domenico Scala, cobrou publicamente o presidente Joseph Blatter para que pare de “flertar com o poder” e seja contundente em sua posição, deixando claro se pretende ou não iniciar uma reforma dentro da entidade máxima do futebol.

“O tempo de flertar com o poder definitivamente já passou. Peço a todos os interessados, incluindo o senhor Blatter, que endossem o interesse inequívoco nas mudanças anunciadas, mudando o comando do topo da Fifa”, cobrou Scala, em comunicado emitido neste domingo.

Na noite de quinta-feira, Blatter conversou com um grupo de dirigentes e alegou que não renunciou. “Eu me coloquei e coloquei meu gabinete nas mãos do Congresso da Fifa”, explicou o suíço, ao tratar do seu discurso de 2 de junho. Naquele dia, anunciou a convocação de novas eleições para o comando da entidade, decisão tomada apenas quatro dias depois de vencer o pleito para seu quinto mandato.

Durante seu discurso do dia 2 de junho, Blatter de fato não usou a palavra “renúncia”. Mas insistiu que “não seria candidato”. Ele também deixou claro que “não acha que tem o mandato de todo o mundo do futebol” para continuar.

Agora, pessoas próximas a ele apontam que o cartola estaria repensando sua decisão e tentando construir alianças principalmente na África e Ásia. Fontes também apontam que dirigentes aliados a ele estariam dispostos a apresentar seu nome como o único que poderia ter o apoio de mais de 50% dos membros da Fifa.

No último sábado, entretanto, Blatter escolheu um jornal suíço de sua região, o Walliser Bote, para garantir que não continua no comando do futebol mundial e que novas eleições devem ocorrer no início de 2016.

Segundo o homem que ficou 17 anos no comando da Fifa, sua decisão de sair da entidade foi “libertadora”. Ele ainda explicou o motivo pelo qual optou por não continuar. “Essa era a única forma de tirar a pressão da Fifa e de meus empregados, inclusive a pressão de patrocinadores”, disse.

O jornal pediu para que Blatter declarasse “com a mão sobre o coração” suas intenções para o futuro e se ele confirmaria que estaria pensando em ficar. “Não sou candidato. Mas sou o presidente eleito. Quero entregar a Fifa em boas condições”, completou.

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