O técnico Dunga disse nesta segunda-feira (12) que cobra indignação de seus jogadores com a fase inconstante da seleção brasileira. Segundo o treinador, a reação dos atletas da atual geração depois de uma derrota em eliminatórias, como aconteceu na quinta (8) contra o Chile, é bem diferente da geração dele, que disputou as Copas de 1990, 1994 e 1998. “Acho que [a nossa] era uma reação mais sanguínea. Eu até exagerava um pouco”, disse, sorrindo, o treinador.
Apesar da pressão pela derrota na estreia do classificatório para a Copa da Rússia-2018 e de precisar vencer a Venezuela nesta terça (13), em Fortaleza, Dunga deu uma entrevista coletiva em que sorriu diversas vezes, o que é raro.
Uma das críticas, inclusive de ex-jogadores da seleção, é que há certa passividade da atual geração com relação aos tropeços recentes, como o 7 a 1 sofrido na semifinal da Copa-2014, as duas eliminações seguidas na Copa América e a estreia ruim nas eliminatórias. “A reação deles talvez não seja igual a nossa, mas cobramos isso deles e há reação, há, sim, indignação”, afirmou o treinador.
“Seleção não pode pagar o pato por crise no Brasil”, diz Daniel Alves
O lateral-direito Daniel Alves não quer que a seleção brasileira “pague o pato” pelo que está acontecendo no país de uma maneira geral, e no mundo do futebol. Ele admite que a equipe está devendo um bom futebol e resultados convincentes e que há um distanciamento por parte do torcedor. Mas pede à torcida para separar a crise política e econômica da
Leia a matéria completaA marca dos 7 a 1, segundo Dunga, é uma conta que terá que ser paga, inclusive por ele, que não estava no banco de reservas na partida do Mineirão – Luiz Felipe Scolari era o técnico. “Temos qualidade para reverter toda essa desconfiança que tem. Nós queremos carinho, mas sabemos que o torcedor também quer, que quer uma boa partida, uma boa vitória”, disse.
Dunga só se irritou, levemente, quando questionado sobre as críticas de ex-jogadores, como o ex-atacante Ronaldo, que disse ao canal SporTV que essa é a seleção com menos credibilidade dos últimos tempos. “Eles têm que parar e pensar se não sofreram as mesmas coisas aqui na seleção. Será que não? E têm de se colocar aqui, do nosso lado, como ex-jogadores que são. Muitos desses jogadores passaram por vários problemas e conseguiram dar a volta por cima na seleção”, afirmou.
A resposta não foi direta a Ronaldo, mas o atacante campeão do mundo em 1994, ao lado de Dunga, e em 2002, teve problemas no joelho, uma convulsão antes da Copa-1998 e fez os dois gols na vitória de 2 a 0 sobre a Alemanha, na final do Mundial do Japão e da Coreia.
Mistério
O treinador não confirmou se fará mudanças no time. No treino de sábado, o técnico testou Filipe Luis no lugar de Marcelo e Lucas Lima no de Oscar, além de Marquinhos, que deve atuar na vaga do machucado David Luiz.
Outro teste foi Lucas Moura, do Paris Saint-Germain, ocupando a posição de Willian, o que é pouco provável que se repita no início de jogo.
“São alternativas. Você muda muito o time também, e não entrosa. Aí se muda com base no adversário, mudou por causa disso e daquilo. Ao mesmo tempo, não podemos ser pragmáticos para o adversário sempre saber como vamos jogar”, disse Dunga.
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