Entre a admissão de que a cicatriz da derrota na Copa do Mundo nunca irá desaparecer e a tentativa de valorizar o futebol brasileiro às vésperas do primeiro jogo oficial pós Mundial. Assim se comportou o técnico Dunga na entrevista coletiva deste sábado, véspera da estreia da seleção na Copa América, contra o Peru. O treinador disse ter noção de que a lembrança dos 7 a 1 para a Alemanha não irá desaparecer. Mas valorizou o que seu time produziu desde que assumiu o cargo, depois do Mundial.
Em alguns momentos, quando a imprensa internacional insistia na marca deixada pelo desfecho da Copa do Mundo, ressurgiu o Dunga combativo.
“Na vida temos altos e baixos, o que não significa que os jogadores perderam a capacidade de jogar futebol. O mundo adora o Brasil, mas adora ver o Brasil perder. Todos falam do Brasil, mas o maior prazer deles é ganhar do Brasil. Veja os outros times: nos jogos entre eles, fazem um tipo de jogo, contra o Brasil, é outra atmosfera. Temos jogadores vencedores, tínhamos 80 na Liga dos Campeões e dois no time campeão, um deles fazendo gol. A questão é dar carinho e confiança a estes jogadores para que voltem a jogar o futebol que conhecemos”, disse Dunga.
Na Copa América, dos 23 inscritos por Dunga, apenas sete jogaram o Mundial. “Tem coisas na vida que podem cicatrizar, mas fica a marca. Perdemos em 1950 para o Uruguai e até hoje se fala. E olha que jogamos centenas de vezes”, avaliou o treinador.
Dunga evitou divulgar o time titular. Em tese, há duas dúvidas. Se o recém convocado Daniel Alves será titular ou se Fabinho, que constava na lista inicial, ganhará uma chance. No ataque, Diego Tardelli deve começar jogando, mas disputa um lugar com Roberto Firmino.
Outra dúvida é Philippe Coutinho, que sente dores musculares e fez, ainda em Porto Alegre, uma ressonância magnética. Dunga afirmou que todos os jogadores estão à disposição. Mas é possível que Douglas Costa comece o jogo.
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