Após o senador Romário dizer que Dunga não convoca os melhores jogadores para a seleção brasileira e insinuar que existem interesses por trás das escolhas, o treinador e o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, disseram que vão processar o companheiro na conquista do tetracampeonato mundial.
“O senador Romário tem que trazer os fatos. Disparar para todo lado e atingir as outras pessoas, não importa se tem que matar um amigo, isso não é amigo, isso não é coisa de pessoas que têm uma linha reta”, disse o treinador em entrevista ao SporTV.
Gilmar Rinaldi foi mais incisivo, e desafiou Romário a abrir mão de sigilo bancário. “As pessoas que hoje falam em Justiça esquecem o passado delas e os paladinos da justiça são muito perigosos”, disse o ex-empresário e dirigente, que também confirmou ter assinado demissão de Romário quando o ex-atacante estava Flamengo.
Além de responder ao ataque de Romário às convocações da seleção brasileira, Dunga declarou não acreditar que terá novos pedidos de dispensa até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, como aconteceu recentemente com Rafinha. O lateral-direito alegou que não estava sendo lembrado na seleção e pediu para não defender a equipe nas duas primeira partidas das Eliminatórias, contra Chile e Venezuela, nos dias 8 e 13 de outubro.
“A gente respeita a opinião de cada um, a vontade de cada jogador, tentamos ajudar o atleta a tomar uma decisão que seja melhor para ele, mas estamos conversando porque não queremos dúvida. O jogador tem que se sentir preparado, tem que querer estar na seleção brasileira”, explicou Dunga.
Se Rafinha recusou o chamado, o atacante Alexandre Pato, em grande fase no São Paulo, não escondeu sua decepção por ficar fora da lista de convocados de Dunga. O jogador chegou a afirmar que não tinha um outro jogador atuando melhor que ele em sua posição. Dunga fez questão de acalmar o atacante, e revelou que está acompanhando o desempenho dos jogadores que invariavelmente ficam fora de suas listas.
“O jogador pode ficar tranquilo, tudo que é informação nós buscamos: quanto tempo faz que não marca, frequência que marca, como os gols são feitos, se com drible, se após um toque, se ele superou o adversário ou precisou de todos do time, em que momento o gol foi feito. Tudo isso a gente coloca e analisa detalhe por detalhe, porque nós não queremos errar”, afirmou Dunga.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”